quinta-feira, 26 de março de 2009

Sempre as tretas do futebol

Vou seguindo sempre que posso as notícias que chegam de Portugal. Mas nos últimos dias, com as tretas do futebol, dos penaltis e dos árbitros, começaram a ser relegadas para segundo plano todas as outras notícias, o que para além de ser de muito mau gosto, deixa uma imagem má do país.
Claro que até, pelo menos, à próxima segunda-feira o futebol, ou melhor, as patetices do único desporto relevante para 80% dos portugueses, vão ter lugar de destaque nas televisões e depois, com a selecção a jogar no fim de semana, esqueçam, porque não vai haver informações, pelo menos aqui fora. Então se a selecção perder temos pelo menos até quarta-feira mais um folhetim, isto como se a selecção nacional de futebol fosse o representante da pátria no mundo (que não é) e como se fosse o fim do mundo não participar-mos na fase final do Campeonato Mundial de 2010.
Nos dias de hoje, pelo menos por aqui, quando queremos saber notícias ou informações de Portugal, quase que temos de fazer uma pesquisa na internet, porque de outro modo é difícil. Com isto tudo, Portugal ficou sem problemas de professores, de desemprego, de Freeports, ninguém mais se queixou do Sócrates... para que fosse remetido a um árbitro os problemas de um país andar mal, porque ele marcou um penalti que não era.
Aliás, acho isso tão caricato que teve direito a que a RTP (no estrangeiro RTPi ), que pensava eu ser um bom orgão de jornalismo e seriedade, fizesse um Prós e Contras a falar de futebol.
Mas o interessante, é que em Portugal o futebol é pouco relevante, pois a malta gosta é do mediatismo que o futebol pode atrair, dos 3 grandes, dos jornais despostivos, do fomos roubados, etc. Porque se estivessem interessados em futebol, rapidamente se sentiriam no mínimo envergonhados em saber o que aconteceu, por exemplo, à equipa de juniores da Naval 1° de Maio, por ter-se atrasado 2 minutos para a entrada em campo. Ora leiam:

“A Naval 1º de Maio está indignada com o castigo que foi aplicado à equipa de juniores: dois anos de suspensão. Esta foi a decisão mais pesada do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito de um caso referente ao jogo com o Rio Maior.
A equipa da Figueira da Foz atrasou-se a comparecer junto da equipa de arbitragem, e a vitória por 8-1, e consequente apuramento para a segunda fase, foi «substituída» por uma derrota por 3-0, desclassificação do campeonato, descida aos distritais e dois anos de suspensão daquele escalão.
O atraso de dois minutos da formação navalista deve-se ao facto da equipa ter estado a visionar um vídeo antes do início do jogo, onde estavam inseridas mensagens de incentivo e motivação dos seus pais. Os jogadores surgiram junto da equipa de arbitragem às 14h59, e não às 14h57, como está previsto. O jogo acabou por ter início às 15h10, e aí neste aspecto que se baseia o recurso da Naval.”

Ora deixo aqui a sugestão somente aos interessados do dito futebol de cafés, de compararem o tal penalti e eventual problemas que isso cria na nação com o que aconteceu a uma equipe de juniores que se atrasou 2 minutos.
Aos outros, os que gostavam de poder ver notícias, deixo o apelo esperançoso de que um dia as notícias voltem ao (a)normal.

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