quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tempo de férias

Não esperei estar tanto tempo sem nada escrever, mas qualquer dia vou ter de voltar a publicar alguma coisa. Entrei e tenho estado de férias, forçosamente, mas não abandonei o espaço. Em breve, haverá mais.
Até já.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coisa que não sabia

Há coisas que eu não sabia e que, por consequência fiquei a saber. Já tinha pensado em algumas mas nunca as tinha levado muito a sério. Outras desconhecia por completo, mas descobri a tempo.
Começando pelo que desconhecia por completo, fiquei a saber que uma lata de “Fanta”, daquelas de 33cl, contêm uns espectaculares 5% de sumo. E não é que aquilo sabe bem! Vendo melhor a situação, quer dizer então, que a quantidade de alumínio que faz a lata do sumo, é muito maior que a quantidade de verdadeiro sumo que aquilo possa conter. Não deixa, mesmo assim de ser fantástico, que a informação escrita na lata a avisar do teor de sumo, está feito com letras que realçam um destaque especial: quer porque a lei obriga a que aquilo seja assim, quer porque, de facto é um teor máximo nunca visto, ou então, é para que ninguém diga, que não foram avisados que não estão propriamente a beber sumo.
Outra coisa que não sabia, é que Portugal é uma nação que gosta mais de futebol, do que propriamente o sabe jogar. Pensava que éramos mesmo bons, mas estava enganado. Mesmo sabendo que não gosto de ver malta estrangeira e mandar em Portugal, tenho de reconhecer que isto em Portugal, só funciona como com os imigrantes: na pátria são maus obreiros, mas no estrangeiro a mando de alguém de “lá” são do melhor. Também não sabia que o Queiróz é um calhau com 3 olhos (pensava que era só com 2).
Falando agora do que já sabia mas que nunca tinha ligado muito, é que Portugal não é um país de praticantes de ténis, mas sim de corredores de atletismo, enquanto se joga uma coisa qualquer esquisita com uma raquete na mão. Mas mesmo assim temos essa mania de fazer campos de ténis nas moradias ou em jardins; e pior é que há quem tenha a mania de ir para lá jogar. Se repararem bem, de 5 em 5 bolas (mal) jogadas, lá vão os jogadores fazer a corrida de as apanhar. Contas bem feitas, é mais o tempo que o pessoal passa a fazer de próprio apanha bolas, do que a dar pancadas nas bolas. É caso para reflectir e pensar que se calhar isso do ténis tem tanto sucesso em Portugal, como o biatlo. Seria bem mais justo e bem mais engraçado se o pessoal se juntasse ao Sábado à tarde e fosse jogar, por exemplo, aos 3000 metros barreiras ou mesmo se desse para fazer equipes, à estafeta 4x400 metros. È que estariam a praticar o verdadeiro desporto, em vez de pensar que andam a jogar ténis e faziam-no de uma forma muito melhor, do que aquela com que dão pancadas nas bolas.
Outra coisa que eu não sabia e que apareceu assim, quase sem querer e sem crer, é que o pessoal que mora nas “Olarias”, vai ficar, ou melhor, alguns vão ficar sem casa. É que pelos vistos vão alargar a via, e se de lá não tirarem as casas, não estou a ver como se pode concretizar tal façanha.
Para finalizar estas minhas coisas que não sabia ou que nunca tinha pensado muito nelas, aqui há tempos um amigo, depois de uma conversa sempre bem animada contextualmente, alertou-me para o facto de sentir saudades das Semanas Culturais. Ao princípio não me apercebi bem do que vinha contido na observação. Mas lá me foi explicado, que agora chamam-se Festas do Concelho. Nunca tinha pensado nisso. Sim, tenho de concordar e tenho de me sentir também com saudades, mas é o que temos. Paciência.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Como contornar a lei com a mesma e sem vuvuzelas

Como deve de ser do conheimento geral, existe um Decreto-Lei que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas, a menores de 16 anos. Esse mesmo Decreto- Lei, devia de ser rectificado, na minha opinião, pois a maneira como vem escrito, deixa em aberto, algumas coisas que devidamente exploradas, anulam por completo a própria legislação.
Eu por mim, estou à vontade, isto pelo menos até ao dia em alguém se lembre de encenar a situação, que a seguir irei descrever.
Ora vejamos, o que nos diz o ponto 1, do artigo 2º, do referido Decreto-Lei:

Artigo 2.º
Restrições à venda e ao consumo de bebidas alcoólicas
1 - É proibido vender ou, com objectivos comerciais, colocar à disposição bebidas alcoólicas em locais públicos e em locais abertos ao público:
a) A menores de 16 anos;
b) A quem se apresente notoriamente embriagado ou aparente possuir anomalia psíquica.

Deste artigo, saltou-me à vista, duas palavras, nas quais centrei a minha atenção: notoriamente e aparente. Depois de uma consulta ao diccionário, para confirmar as minhas certezas sobre os significados das mesmas, não fosse o meu amigo diabo andar a tecê-las, deixo também o que elas querem dizer:

Notoriamente- Sabido de todos ou de muitos ou que não é segredo.
Aparente- Que parece ser mas não é. Provável.

Ora uma pessoa que se apresente num estabelecimento onde se podem vender bebidas alcoolicas, pode fácilmente contornar esta lei. É que apresentar-se “notoriamente embriagado”, requer que alguém saiba que ele está mesmo embriagado, e se se dêr o caso de ele se engrossar em casa, e que ninguém saiba que ele está, pois ele fez segredo disso... tem de ser atendido normalmente. Não basta a palavra do barman, pois vale tanto como a do tipo que apareça embriagado!
Mas o melhor para mim é mesmo o “aparente possuír anomalia psíquica”. Esta é mesmo espectacular. Ora esta lei, está somente feita, para aqueles que aparentam ser, para os que parece que são mas pelo contrário, ou então para os que têm por hábito estarem “armados em parvos”. É que um tipo que seja mesmo, já não aparenta e como tal, passa ao lado. Pode-se dar mesmo o caso de o empregado desconfiar porque ele aparenta ser, mas ele contrapõe e responde que não parece mas que é mesmo e se for preciso até leva um papel do médico a dizer que de facto não haja dúvida nenhuma que é.

Quero deixar uma pequena opinião, sobre um grande fenómeno, que tenho vindo a observar, e a ouvir também, que se trata daquela treta da vuvuzela. É que além de irritante, o som é desagradável, ninguém, pelo menos a julgar pelas opiniões, acha piada à “corneta africana” e o aspecto e a sensação que dá, quando se assite a um jogo de futebol acompanhado pelo som de fundo do dito instrumento, faz-me lembrar o zoar das moscas em volta de um bocado de bosta. Ora se ninguém gosta daquilo, a única explicação que encontro para que se continue a soprar, é pelo facto de aquilo ser feito por muitas pessoas, mesmo que pareçam uma “multidão de moscas”; e como é feito por muitos e mesmo que se associe aquilo a bosta, não faz mal.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Feijãozeco frade

Não sei se já ouviram na rádio ou mesmo a televisão, mas anda aí uma música a circular que te passado de certa forma despercebida, pelo menos aos habitantes das ilhas selvagens da Madeira. Esses sim, uns felizardos por não terem de levar com a música sempre que há, intervalo de alguma coisa, como por exemplo: as noticias, os filmes e até mesmo as idas à casa de banho.
Bem que o selecionador e treinador da equipe, que vai representar Portugal no próximo campeonato do mundo de futebol, que está aí a estalar, se podia de ter lembrado de fazer da cantiga:”Eu subi ao Vale da Mata para ver o Sardoal, mas só vi a tua gata aos saltinhos no quintal”, o hino para este mundial, mas não, teve de escolher aqueles outros que cantam, enfim, para mim fingem que cantam, o tal tema que já me está a trazer alguns problemas de sociabilização, pois sempre a tenho de ouvir, fico em choque e quase que choro, não da emoção, mas do pensamento que fiz algo de errado e agora tenho de ser torturado por isso. Por favor, ajudem-me.
Falo-vos do I gotta felling dos Black Eyed Peas, ou seja, eu tenho um feeling dos Feijões-Frade. Já imaginaram uma banda portuguesa que cantasse tão mal como eles e que se chamasse Arroz Carolino, ou até mesmo Couve dos Valhascos? Nem eu!
Se tiverem o cuidado de analisar a letra da música, isto se ela tiver alguma coisa de interessante para analisar, vão decerto reparar numa parte onde eles dizem, em estrangeiro:” Monday, Tuesday, Wednesday and Thursday, Friday, Saturday, Saturday to Sunday”, que é como quem diz a semana toda em português. Ora, tenho apenas a acrescentar que o conjunto António Mafra, também se lembrou da mesma coisa mas à alguns anos atrás quando fizeram aquela música cujo refrão assim rezava:” Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado! Domingo! Vai a malta passear. Sete dias na semana, e um só p'ra descansar!”
Quer se queira quer não, a semelhança é enorme, não sei mesmo se não será plágio, a qualidade e categoria da música é a mesma, e a letra penso que vai ser mais ou menos igual ao que se vai passar com a equipe no mundial: Vai a malta passear!
Mas porra, podiam ter escolhido outra música. Para mais, o nome conjunto António Mafra, comparado com Feijão-Frade, tem muito mais estilo.
Para terminar, a publicação de hoje, assim como o tema, até porque houve quem viesse falar comigo sobre o assunto das passadeiras, posso adiantar que o caso, tem também o engraçado episódio de uma passadeira que está sinalizada verticalmente, claro que perto de uma curva de reduzida visibilidade, mas que já não está marcada no chão. Ao longo dos anos foi sendo apagada, mas o sítio continua lá, mas sem passadeira. É como se fosse um museu. Até ficava bonito uma pequena indicação a dizer: “Aqui já houve em tempos uma passadeira, que como foi muito útil e extraordináriamente bem colocada, ao longo dos tempo caíu em esquecimento, mas decidimos guardar o local para que as gerações futuras vejam onde não se devem de colocar passadeiras”.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Os 4 "F" e umas passadeiras

Depois de uma longa ausência deste meu espaço, pelos mais variados motivos, estou de volta, e até mais ver. Agradeço também a todos os que, durante este tempo de ausência, sempre me foram perguntando o que era feito de mim e daquilo que eu ía escrevendo. Nada de grave.
Tenho vindo a reparar que nestes ultimos tempos, a expressão usada pela ditadura da época, os 4 “F”, Fado, Futebol, Fátima e quem não alinhar nisto está F...ido, tem voltado outra vez à baila, na democracia de agora. Tenho andado a pensar nisto a alguns dias e só me faltava o Fado para a minha história ficar completa, senão vejamos:


- Tivemos o Futebol e toda esta alienação que se criou à volta deste desporto de massas. Claro que quem gostar de futebol por desporto e não por doença, nestes ultimos tempos tem-se sentido F...ido.
- Quem gostar de ver serviços noticiosos, seja por que meio for, nestes ultimos tempos tem de se sentir F...ido, pois houve a historieta da vinda do Pápa e de toda a ostentação de riqueza por ele demonstrada, e não havia treta ou serviço noticioso que se digne, que não tivesse a sua meia hora de informação religiosa.
- E claro, só faltava o Fado, com a realização do Rock in Rio (de Janeiro) para alegrar este nosso povinho, que alegremente vai andando. É claro que um tipo tem o direito de se sentir F...ido, até porque no intervalo dos serviços religiosos, lá conseguiram dizer, atenção que não foi noticiar; que os impostos íam aumentar e os ordenados diminuir. É claro que uma pessoa que não entre neste tipo de esquemas, tem motivos de se sentir como o ultimo “F” da antiga ditadura, ou se preferirem, nova democracia. Quero com isto dizer, que depois de tanta riqueza nestes ultimos tempos desperdiçada, por todos, a crise é como um par de cornos: são coisas que não existem mas que te puseram na cabeça!


Gostava de alertar para uma situação que tem vindo a ser falada nos ultimos tempo e de forma generalizada. Falo das passadeiras no Sardoal. Gostava de saber quem foi o responsável que mandou pôr algumas das passadeiras que por aqui vamos vendo? Gostava de saber quem foi que deu ordem para andar a pintar na estrada, riscas brancas a fingir serem passadeiras, ou calçadas com umas pedras de cor diferente a fazer lembrar uma passagem de peões?
De forma rápida, as passadeiras devem de ser colocadas em lugares de boa visibilidade, devem de ser marcadas com sinalização vertical, no sítio onde se encontra, e têm de ser feitas em material diferente daquele que constituí o piso da estrada, onde pretende ser colocada.
Pegando num exemplo, que já todos viram, mas não devem de ter reparado, a passadeira junto à Pastelaria Dias, é um caso espectacular. É que não se pode parar um carro, em cima de uma passadeira, como devem de saber. Para ajudar à festa, não existe nenhuma sinalização vertical a indicar que existe uma passadeira. E para pôr a cereja em cima do bolo, existe lá um sinal de stop, o que obriga o condutor a parar. Ora para passar por aí, uma infracção de trânsito terá de ser cometida. É uma questão de saber qual delas é menos grave, para que no dia em que a GNR actue em conformidade, se pague a coima mínima possível. Quer dizer, por mim não existe lá nenhuma passadeira, mas alguém decidiu lá pintar uma no chão!
E aquelas que estão colocadas às saídas, ou mesmo dentro, das rotundas?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quando a culpa morre casada.

Recebi hoje uma carta e por mais estranho que pareça, das 3 partes envolvidas na questão, e por exclusão de partes, eu sou o culpado do que me aconteceu, pois as outras duas, pelo que pude apurar, não têm culpa nenhuma. Quero com isto dizer, que quando se preocuram desculpas, ou melhor justificações, devemos de começar primeiro por nós, pois já se sabe que a entidade que entrega cartas, nunca tem a culpa, nem muito menos aquelas instituições que pela maneira como funcionam, devem de ser estatais.
Ora tudo começou, quando por voltas das 14 horas de sexta-feira sou alertado que recebi uma carta, de uma dessas instituições. Como não estava em casa, só tomei conhecimento do conteúdo um pouco mais tarde.
Para espanto meu, quando abri a carta, reparei que se tratava de uma convocatória para esse mesmo dia, mas para as 11 da manhã. Pensei que fosse engano, mas decidi lá ir na mesma. Chegado ao local, pouco passava quinze minutos das 4 da tarde, quando sou informado pelo segurança que aquilo fecha portas às 16 horas. Mostrei-lhe a carta, expliquei o que se estava a passar e fui informado que tinha 5 dias úteis para resolver o problema. Ou seja, vou ter de me deslocar ao mesmo sítio, para resolver um problema, ao qual sou totalmente alheio, mas que por exclusão de partes sou eu o único culpado. E para ajudar mais à festa, venho a saber, pelo tal segurança que estava de serviço no local, que a reunião à qual tive conhecimento de ter sido convocado depois de ter sido realizada, tratava-se de mais uma de muitas onde as pessoas são chamadas, para se inscreverem numa outra “instiuição” que privadamente faz o mesmo serviço que a “estatal”, mas de muito melhor forma.
Lamentei o sucedido, ao segurança, mas teve de ser ele o alvo da minha frustação de tempo perdido em vão, mas para essas coisa “privada”, já eu estou inscrito, de forma gratuíta e há muito tempo, sem que para isso tenha sido necessário, um serviço “estatal” andar-me a avisar o que devo de fazer. Lamento, pois eles não lamentam nada. Agora gostava de saber como vou justificar esta situação!
Mas pensando bem na história, uma vez que a culpa não foi deles, tanto que agora tenho 5 dias para resolver a situação por falta de comparência, nem sequer dos serviços de entrega de cartas, pois entregaram a carta quando a receberam nos serviços deles, resto eu como culpado.
Uma também engraçada que me aconteceu, foi no tal serviço de “cartas”. Entrei lá um belo dia, e a primeira coisa que ouvi da boca da funcionária foi: “Diga!”. Eu, na minha boa fé respondi o bom dia do costume e um encolhido: ”Mas digo o quê?”. A senhora que devia de estar num mau dia, acontece, continuou acrescentando: “O que quer?”. Ora eu como tinha 2 envelopes brancos na mão, me encontrava numa “estação de cartas” e estava no local de entrega das mesmas aos respectivos serviços, não tive outro remédio senão dizer que o que eu queria era um hamburguer e uma imperial, se faz favor! Aliás que mais se pode querer, numa “estação de cartas” com dois envelopes para se entregar. Mas bonito bonito, é ter sabido, aqui há uns meses atrás que a instituição bancária que é do estado, não consegue fazer uma transferência de dinheiro para a Suíça, mesmo tendo todos os dados bancários, os posíveis e os imaginários. Como será possivel então, mandar dinheiro de lá para cá, como algumas vezes fiz?
Isto tem dado que pensar. Afinal de contas, como posso eu resolver estes problemas todos que tenho criado a estas instituições?
Bem, resta-me saber, para ajudar, que as maçãs verdes cheiram bem.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Páscoa que passou

Esta Páscoa já lá vai e houve algumas coisas, que me deixaram contente. Como é hábito, esta foi uma época que mais se assemelha a uma volta a França em Bicicleta, tal não são as dificuldades que nos são impostas, desde montanhas de subidas íngremes, a recuperações muito curtas e sempre com a mesma ”biciclete”, que é como quem diz, 4 a 5 noites bem puxadas. Por falar em provas de biciclete, estive na ultima prova de BTT organizada no Sardoal, e não quis acreditar, que para um posto de abastecimento a uma prova de ciclismo, fossem levadas 4 grades de minis, pois eramos só 6 naquele abastecimento. Curiosamente concluí que os primeiros 20 corredores não param para beber água, assim como os últimos 250. Também sei que as grades vieram vazias, vá-se lá saber porquê!
Ora se por um lado existe o Carnaval no Brasil e o Benfica para 6 milhões de portugueses, existe na mesma proporção, a semana santa do Sardoal, para o senhor G.F. Não digo isto com nenhum tipo de sarcasmo, nem ironia, mas na minha opinião é um caso extraordinário de dedicação a uma causa, sem igual. Comparo-o mesmo a um Freitas Lobo no futebol ou um Rebelo de Sousa na política.
Quero deixar a dica, para que no próximo ano, as capelas estejam equipadas com uma roulote, pois não queiram saber o jeito que dava, ter um pequeno apoio logístico durante as horas, em que se fica de vigiância aos trocos. E também, gostava de lançar a ideia, mas isso são coisas já muito complicadas, mas não de todo inválidas, que será ter um abastecimento líquido, leia-se máquina de tirar imperiais e lambretas, para os que fazem a pé as procissões, assim ao género daqueles que se vê nas maratonas, com umas mesas muito compridas já com copos cheios, onde os atletas passam e levam. Claro que como a procissão vem a passo e devagar, dava para fazer o pedido, aviar, pagar e no fim da zona de abastecimento deixar o copo dentro do balde do lixo. Acho que o mais difícil nesta minha ideia é conseguir pôr abastecimento, nos dois lados da estrada, ou corremos o risco de ter uma procissão com as pessoas, na sua grande maioria num só dos lados. Mas nada que 3 ou 4 cavaletes e umas tábuas não resolvam.
Fiquei a saber que o A.A. até acompanha este meu espaço. Lembro-me bem do cumprimento a que tive direito, quando a meio da animação, que estava a ser ver o Roda 28 a tentar entrar para o carro, lembrei-me de contar uma peripécia, onde o antigo bar “Morobeza” tinha um papel de destaque. Pelos vistos deve-lhe de ter vindo à memória muitas outras coisas, mas só para ele, deixo-lhe só mais duas pequenas lembranças: “Ritinha dos 200” e “Sarau no Carvalhal”.
Claro, que não me poderia deixar de lembrar, de mais uma noite, das grandes, com o L.G. e a sua “mais que tudo” e muito simpática, também. Aquilo foi um festival de coisas que não lembrou nem ao diabo, um novo reavivar de memórias e coisas esquecidas, onde até uma célebre cama torta veio à baila. Por incrível que pareça, até se conseguiu reunir todos os seguidores e comentadores do “penúltima”. Claro que jamais será esquecido o aumentar e baixar de volume da música, por parte do Manuel R. assim como a escolha das músicas e o agradecimento simpático que tem de ser dado, pois afinal de contas, ele sempre prescendiu de ter ficado com a rapariga.

quarta-feira, 24 de março de 2010

As novas procissões

Começo por dizer, como costumo dizer, que não sou sócio e apenas vou brincar e satirizar, um pouco com a situação que de seguida irei escrever, a ver se é desta que deixo de ser incomodado com comentários que não vêm muito a propósito.
Não sou religioso e também não deve de ser agora que vou começar a ser. Mas há coisas que me deixam triste, não só a mim como também a muitas outras pessoas, que são religiosas e que têm nesta altura da Páscoa, mais uma oportunidade de expressar as suas “fés” e convicções.
Já se sabia, que a discórdia estava lançada, quando foi assumido que ía haver alterações de percurso e de horários, nas procissões. Já se sabe que o Padre, assim como todos os responsáveis pela organização das mesmas, estão decididos a alterar, tradições seculares e que o desagrado tem sido muito, quanto a esse assunto. Agora o que não se sabe, ainda, são que motivos levam a que, por exemplo, a procissão dos Santos Passos do Senhor, só seja feita “para cima” ou que a procissão dos Fogaréus estivesse prevista para para uma hora inabitual. Alguma razão tinha de haver. Pois bem, acho que a descobri. É que no passado domingo houve a final da Taça da Liga e o jogo teve início às 19h15. Ora bem, se a procissão tivesse de vir para baixo provavelmente, já não chegavam a tempo de ver o começo do jogo, e vai daí, toca de fazer só para cima. Também me disseram que o convento no Domingo à tarde parecia o estádio do Algarve, só com a diferença de não ter havido apedrejamento entre as claques, que é como quem diz, a claque dos que apoiam a vinda para baixo e a dos que apoiam o novo trajecto.
Outra coisa que acho estranho, é o facto de o Padre, não querer fazer a procissão para baixo. Ora se a procissão estava no convento e ele não queria vir para baixo, pois bem, ele que ficasse ou fosse andando para ver a final da taça, porque de certo a sua presença já não era necessária e a pocissão poderia vir, como sempre, até ao seu destino, como sempre. Até porque as pessoas, de uma forma ou de outra, tiveram de vir para baixo.
Mas o pior está para vir e já tem dia e hora marcada. É que a procissão dos Fogaréus realiza-se no mesmo dia e quase à mesma hora, do jogo do Benfica com o Liverpool. Isto, por certo, não vem nada a calhar e penso que a melhor coisa a fazer, é a irmandade pedir a antecipação do jogo para o dia antes, ou arriscam-se a ter na procissão os festejos dos golos, ou a não comparência daqueles que têm no futebol a sua religião.
Honestamente prefiro acreditar nestas minhas teorias de conspiração, do que nas “quase certezas” de que tanta polémica se deve à submissão, que tem tomado conta das pessoas que têm, quanto mais não seja, a responsabilidade de zelar pelas TRADIÇÕES SECULARES do nosso pequeno concelho (se é que isto lhes quer dizer alguma coisa ou tem algum significado). Lamentavelmente, é triste, muito triste, mas não se merece muito mais. Deve de custar muito assumir uma posição de: “Oh Sr. Padre, ou a procissão se faz a bem ou se faz a mal, mas de certeza que se vai fazer, quer você queira quer não, como sempre se fez! Está mal, mude-se! Percebe?” Ou melhor, PERCEBEM?
Para finalizar e como há pessoas que estão a sair das irmandades e da organização destes eventos, eu estou em vias de propôr a minha candidatura a um desses cargos desocupados, embore continue a dizer que não sou sócio. Já tenho uma boa vintena de simpatizantes, 4 caçadeiras, 3 archotes, 5 “pressões de ar” e 1 tractor, o apoio dos Super-Dragões, que me garentem que por motivos de segurança as procissões só param uma vez durante o percurso (isto se necessário e tem de ser no convento, tal como acontece com eles quando vão aos jogos, por causa das estações de serviço) e também já tenho um slogan: “Comigo o que sobe, também desce!”.
Agora a brincar, porque já falei a sério demais, Portugal é um país de brandos costumes e o Sardoal arrisca-se a ficar fora deste país, pois está a perder os poucos costumes que tem.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Pequena nota

Tenho para hoje uma pequena nota de esclarecimento, pois pelos vistos há quem ainda não tenha percebido muita coisa, o que é de estranhar, pois o mundo está cheio de tantas pessoas inteligentes e de grande categoria, comparadas comigo pelo menos, que vejo-me obrigado a ter de explicar algumas coisas.
Percebo a frustação de muitas pessoas quando se acaba com o fetiche de publicar mensagens anónimas. Afinal de contas como se vão satisfazer no futuro? Mas ao mesmo tempo até admiro a trabalheira de criarem endereços de e-mail anónimos para me enviarem mensagens anónimas, para me dizerem várias coisas e implicarem com outras pessoas. Enfim, percebo a frustação embora fique contente por saber que a tentiva de jogarem comigo acaba quando deixei de publicar os anónimos. Azar!
Calculem vocês que há até vários, pois as formas de escreverem são distintas e isso me leva a essa conclusão, que até misturam francês no meio do português. Juro que se misturarem com húngaro, polaco e islandês, ao mesmo tempo eu pense em publicá-los. A sério, é um bom desafio e sempre dava para matar um pouco o fetiche que à minha volta vocês criaram.
Quanto à questão do padre, apenas um pequena nota: publiquei uma história que me contaram e satirizei a situação. Está lá isso bem claro. Faço isso com tudo o que escrevo aqui. Claro que apareceram uns crânios,uns intelectuais, uns tipos que conhecem outros tipos importantes, gajos que são superiores porque ninguém sabe quem são, anónimos pois claro, que enfim, tinham de dizer qualquer coisa e vai daí, lá tiveram mais uma descarga emocional. Não sou jornalista de investigação nem pretendo andar por aí a divulgar casos, nem tenho propósitos neste blog de o fazer no futuro. Apenas diverir-me com o que escrevo, mesmo sabendo que o faço mal. Não me apetece ser chamado a nenhum inquérito parlamentar, pois seria chato ver aquilo cheio desses intelectuais cheios das tretas deles.
Termino dizendo que vocês, anónimos, não me criam nenhuma espécie de comichão. E claro mantenham bem guardada a vossa identidade, pois vai ser bonito o dia que saiam do armário.
Despeço-me com beijinhos a todos os meus admiradores e um “tasse” bem, bem ao estilo anonimóide. Tenho pena que pelos maus motivos me tenham dado a conhecer.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Futebóis e Fátimas

No passado fim de semana, algo de estranho se passou no futebol português: os adeptos do Benfica torceram ferozmente pelo Sporting e os do Sporting pelos do FC Porto, até se aperceberem que afinal iam ganhar o jogo e voltarem a torcer pelos leões. Ora no meu caso, que sou portista (mas sem os facciosismos inerentes à estupidez que o futebol tem acarretado), a equipe por quem torci foi mesmo a “minha”. Já o entusiasmo, foi totalmente diferente, mesmo que outro resultado tivesse acontecido.
Aqui há anos, vi o meu Porto ganhar a uma equipe com uma camisola verde e branca às riscas, 3-2, e penso ter sido a última vez que me exaltei a ver o FC Porto, tendo de, no intervalo do jogo, ir pedir desculpa a minha vizinha. Passado uns tempos, não muitos, vi novamente o “meu” FC Porto, ganhar desta vez a uns tipos de quem não gosto nada e que jogam com umas camisolas vermelhas, 3-0. Mas dessa vez a coisa foi tranquila, que é coisa que só a um adepto portista pode acontecer: ver a sua equipe ganhar com a melhor das tranquilidades, sem se exaltar e a pensar que naquele clube ganhar, tornou-se tão banal que já não dá para levar muito a sério as vitórias, pois têm sido tantas que festeja-las todas pode ser prejudicial para os outros clubes.
Referia-me, em cima, à conquista da taça Uefa, contra o Celtic de Glasgow, e à Liga dos Campeões, frente ao Mónaco.
É por isso que quando o FC Porto não ganhar o campeonato, provavelmente eu vou festejá-lo como os outros festejam a sua conquista: com muita festa, pois são raras as vezes que isso acontece. É que a forma de festejar estas conquistas, por parte das outras equipas, só é comparada aquando uma equipe da terceira divisão elimina uma do escalão principal, para a taça. Daí que ser adepto do FC Porto, não é para todos, apenas para os pré-destinados e mais capazes.
Outro assunto que me faz escrever hoje e que tem levantado alguma polémica, está relacionada com o padre e com a igreja local.
Ora segundo me contaram, por pessoas com boas relações religiosas, um primeiro padre foi nomeado mas quando aqui chegou e repararem que ele era de raça negra, decidiram correr com ele, pois seria uma vergonha ter um padre que não fosse de raça branca na “nossa paróquia”. No mínimo e a ser verdade, esta é uma história que devia envergonhar a já desprestigiada classe “beata” (assim como todos aqueles que possam ter uma palavra a dizer sobre o assunto), que segundo constou, foi a responsável pela permanência de um só dia, do tal novo padre nomeado. Conclusão: arranjou-se um padre de emergência, ali de Alferrarede, que enfim, tem dado provas da sua extraordinária ignorância e arrogância, enquanto o rejeitado pela cor de pele, tem dado provas de grande competência e agrado noutras paragens não muito longe daqui.
Isto para dizer que sou totalmente a favor deste novo padre e das suas decisões em querer alterar as tradições seculares das procissões em tempos de Páscoa. Quer dizer, sou a favor dele, enquanto esta história assim se passar e enquanto não houver um desmentido dos factos que me foram contados, pois se foi assim que as coisas se passaram, de facto não merecemos ter outra pessoa a dirigir a “nossa” igreja.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnavais

Terminou, espero, aquela altura do ano que, a par do Natal, só tem graça para os mais pequenos e mesmo assim não são todos: o Carnaval.
Para quem não sabe, o Carnaval é aquela altura do ano em que as muitas pessoas pensam que se podem divertir como em nenhuma outra. Só no Carnaval é que há animação, gente divertida e folia até às tantas! Chega mesmo a haver músicas que só tocam nesta altura do ano. Fantástico!
Mas para mim o Carnaval, e em especial em terras lusas, tem tanto sabor como um porco no espeto na Arábia Saudita, ou sabe tão bem como mão de vaca com grão ao pequeno-almoço, seguido de uma emissão da Júlia Pinheiro sem intervalo. Mas o pessoal interiorizou que no Carnaval tem de andar mascarado e a sambar, enfim.
Isto porque uma vez, alguém viu no Brasil uns tipos cheio de calor a sambarem na rua que nem uns tontos,e vai daí, toca de fazer o mesmo por cá. Será que os brasileiros vão querer levar para lá desportos de Inverno? Já alguém explicou aos nossos foliões que a probabilidade de fazer bom tempo nesta altura do ano, é a mesma de nevar a 15 de Agosto, em Portugal? Já alguém explicou aos nossos foliões que andar em biquini à chuva e ao frio não tem nada a ver com Carnaval do Brasil?
Mas ainda assim, há pessoas que teimam em foliar. Já experimentaram comparar? Já viram as moças muito desinibidas que passam pelo sambódromo, naquele rebuliço desenfreado, com curvas que nem no Tramagal existem curvas tão apertadas? São moças do caraças! Já viram a alegria que por lá vai? Aquilo deve de deixar um gajo doido! Até se comparar-mos as paneleirces próprias da altura e a comunidade gay, que são mesmo a sério, onde um tipo vê mesmo que “é à grande”, achamos que lá é que se brinca ao Carnaval; por cá temos todos os anos de ver os artistas de telenovelas para todas as idades assim como com o Alberto João Jardim, armado em homem! Sim porque em terras do samba o Sr. Alberto, com aquela sua vozinha de quem vai desafinar a qualquer momento, passava como os outros, embora eu creia que ía ter alguma dificuldade de aproximação devido à idade.
E as moças? Com aquelas vestimentas que as deixam despidas? Já virão bem as de cá? Eu acho que a Michelin podia aproveitar algumas para o novo boneco dos pneus, ou então fazer uma campanha de publicidade ecológica para os ecopontos,ou ainda, como o meu irmão disse e com razão, aproveitar 4 delas e fazer uma publicidade engraçada ao “Restaurante 4 Talhas” (e passo a devida publicidade). Já para não falar muito dos homens mascarados de gajas boas, com aquelas barriguinhas de cerveja, a fazer lembrar uma publicidade ao “Potes Bar” (e volto assim a passar a devida pulicidade).
Mas o Carnaval lá se vai continuar a passar e eu todo contente, a ver as temperaturas a descer e a ver passar os foliões. Imagem a minha alegria, quando me sento para ver a meteorologia e deparo com temperaturas baixas! Embora seja chato para todos esta coisa do frio, não consigo disfarçar a minha pequena alegria, mas só nesta altura do ano.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Longe dos telemóveis

A malta não sabe nem imagina o que pode ser da actual vida civilizada sem um telemóvel. Eu sei!
Sobrevivi, e até mais ver tenho sobrevivido, sem telemóvel hà 10 dias, sem utilizar, ver e mexer num telemóvel. Vai para 10 dias que a palavra telemóvel deixou, momentaneamente, de fazer parte do meu vocabolário. Vocês imaginam isso? Não e com um pouco de sorte, uns sempre viveram com telemóvel e outros já não se lembram dos tempos, em que tudo era combinado com dias de antecedência e por incrível que pareça, era possível vivermos sem ele e tudo se conseguía organizar sem toques, chamadas ou mensagens (sms).
As circunstâncias que me fizeram não ter telemóvel, foram devidamente calculadas, pois teve de ser, e confesso que em 98% dos ultimos 10 dias, não me arrependi nem um pouco, tendo até achado graça a observação que tenho feito de como as pessoas se portam quando transportam consigo um telemóvel.
Acordo de manhã e a primeia coisa que faço é desligar o despertador. É mesmo bom ouvir e desligar o despertador, pois a primeira coisa que fazia era desligar o alarme do telemóvel; ou seja, a primeira coisa que faço não é mexer num telemóvel.
Depois de acordado, não passo aquela fase doida de ficar a olhar para o telemóvel, à busca não se sabe bem do quê: uma mensagem a meio da noite, um toque perdido na madrugada, etc.
Vou à casa de banho sem o telemóvel atrás. Lembram-se da ultima vez que partilharam sozinhos a casa de banho; sem irem com o telemóvel? Apenas vocês? Pois é! Sabiam ou lembram-se que é possível ir à casa de banho e fazer o que temos a fazer, sem que o telemóvel tenha de estar lá connosco?
Tomo o pequeno-almoço sem estar a enviar mensagens, assim como todas as outras refeições, saio à rua sem nada nos bolsos a atrapalhar o andar, sento-me sem ter de ajeitar os bolsos ou mesmo de retirar o telemóvel para cima da mesa, não perco tempo a ter movimentos irreflectidos de ver se foi o telemóvel que tocou ou recebeu uma mensagem, aproveitando assim melhor para reparar em todos os outros promenores que me rodeiam. Já repararam que hoje em dia os casacos vêm equipados com um pequeno bolso no interior, preparado para o efeito?
Por incrível que pareça a vida sem telemóvel pode ser bem agradável e nos tempos que correm pode bem ser uma aventura, penso que de coragem, a ter, mesmo que seja só por 3 dias. Sei o que é ter a sensação de ouvir um telemóvel a tocar e não ter o pequeno reflexo de pensar que poderá ser o meu. Nada me incomoda. Nada me compromete e nada me faz desviar a atenção, pois sei, que não é de certeza o meu.
Apenas gostava de terminar este pequeno texto de hoje, dizendo que o facto de ter publicado poucas coisas nos ultimos tempos, se prende com o facto de estar a guardar algum material que me tem vindo à cabeça. Podia tê-lo publicado, mas surgiu aí uma hipótese que “pode ser que a coisa vá para a frente”, e como tal... esperemos para ver.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

No cinema.

Ir ao cinema pode ser agradável, mas também penoso.
Tudo começou num Sábado, quando os meus primos lançaram o desafio de irmos ver o novo filme que saíu para as salas, intitulado: Avatar. Confesso que quando o filme começou fiquei parvo a ver as novas tecnologias em acção, com uns óculos, que dizem eles especiais, que custam qualquer coisa como €2,50, fora o bilhete que é uma espécie de assalto, pois o filme ainda é novo e tem de dar os lucros necessários, para fazer o segundo filme da série (e com isto estou já a prevêr o futuro mais que certo!).
No final do filme, fiquei impressionado com o que tinha visto, mas só pela tecnologia aplicada na tela, tanto graficamente como a nível sonoro. Pelo filme em si e por aquilo que representa... uma treta; aliás mais que uma treta.
Bom, ir vêr um filme como o Avatar, requer uma planificação precisa. Tudo começa em saber a que horas começa, para saber quanto tempo antes temos de lá estar para não se apanhar muitas pessoas na fila. Consultando os horários na net, ficamos a saber o horário, assim como o quanto nos vai custar a brincadeira, e o pior de tudo, que o filme tem 2 horas e 45 minutos (para um filme com uma história daquelas, 30 minutos eram mais que suficientes). Este tipo de informações levaram-me a planear a minha primeira ida à casa de banho, mesmo antes de sair de casa e mesmo que, para isso, não tivesse vontade nenhuma de frequentar o sítio destinado para o efeito. Mas teve de ser.
Bilhetes comprados e óculos também, lá chega a hora do filme começar. Num fluxo de sangue maior à cabeça, e já quando passavam os anúncios publicitários no ecrã, volto a cabeça para trás e reparo que já todos os presentes têm os óculos metidos, havendo mesmo quem se interrogue porque seriam preciso os óculos, se continuam a ver tudo na mesma. Foi nesse momento que senti que iria ficar 2 horas e 45 minutos, assim. Disse então baixinho a um dos primos, que me sentia um pouco parvo com o facto de ter de usar os óculos, pois parecia que tinha caído num encontro nacional de Woddy Allens ou de Ray Orbinsons. Ainda por cima, havia quem se estivesse a rir, que com a ajuda dos óculos, fazia-lhe da cara a saudosa “face-shit”, se é que alguém sabe do que estou a falar.
O filme lá começa e lá aparece a tecnologia toda. Espectáculo. Do filme e da história, se eu fosse um crítico de cinema, diría: que é mais uma historieta de amor mal amanhada, bem ao estilo norte-americano, num clima de dejá-vu (mas pelo menos 50 vezes) e que vai lançado para ganhar mais uns óscares. Diría mesmo que a Pocahontas é a mãe do filme.
O intervalo, que num filmes daqueles é sempre bem vindo, é a altura ideal para que uma pessoa atenta se safe às bichas do bar, que naquele dia mais parecia a fila para o banco alimentar contra a fome. Isto porque a primeira coisa a fazer é ir à casa de banho, onde nem aí alguns dos presentes na sessão largam os óculos, e só depois ao bar. Mesmo que digam: “despacha-te pois o filme está quase a começar”, não há que ter pressa pois nós já vi-mos aquele filme em algum de outro filme. E o melhor é que quando chegamos ao bar, as pipocas estão a sair quentinhas, pois todas as que haviam já foram vendidas. Pegamos então no pacote e quando chegamos à nossa cadeira, apenas temos de olhar o filme e saber que ele está a chegar à parte em que o protagonista se apercebe que afinal de contas está apaixonado pela protagonista. Com isto, de bexiga vazia e pipocas quentes na mão, não perdemos nada do filme e tivemos um santo e mais prolongado intervalo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Depois do MAMAS, o MINIS

Isto de ser anónimo tem que se lhe diga. Parece que nem dormem descansados, só de pensar o que me poderão dizer no eventual próximo e-mail. E como gosto à brava deste tipo de coisas, hoje deixo-vos mais uma ideia que pode ajudar o vosso "movimento" associativo (se bem que parado, como convém). Trata-se do MINIS, Movimento de Integração Nacionalista Intelectual do Sardoal. Trata-se de um braço político do "movimento" (parado) do MAMAS, que volto a insistir, devia de ser criado em breve.
Imagino que o primeiro comunicado à população, seja muito idêntico ao que se segue:

Serve o presente comunicado, para informar que o MINIS, Movimento de Integração Nacionalista Intelectual de Sardoal, já está criado e com actividade de relativa importância em funcionamento. Defendemos o princípio de Nacionalismo Sardoalense e como tal consideramo-nos o braço político do MAMAS.
Após muitos meses de negociações, discussões e grades, este foi o rumo tomado por alguns ex-agentes do MAMAS, por necessidade imperiosa, senão vejamos:

- Quando se fundou o MAMAS, devido a uma situação económica frágil, não se pôde mandar vir máscaras para todos. Alguém era obrigado a dar a cara, o que se torna penoso para nós.
- Pelas mesmas razões atrás referidas, os fatos não davam para disfarçar todos os operacionais, o que dava um ar de amadorismo ao movimento (que não me canso de referir que é bem parado).
- O acordo com os restaurantes só dava para 2 operacionais em serviço, tendo estes que confirmar a presença com 5 dias de antecedência, o que por vezes tornava impossível realizar operações com mais pessoas, pois estas não abdicavam do almoço, o que era uma despesa difícil de suportar. Com o MINIS novos acordos estão previstos.
- Alguém com aspecto respeitável, cariz forte e seja levado a sério, tem de aparecer a falar para toda a população. Era costume ser um encapuçados a fazer esse papel.
- Torna-se necessário que haja uma organização legal para passar facturas dos possíveis serviços prestados, bastando para tal que se apresente na sede com a folha de serviço devidamente passada e autenticada pelo MAMAS, assim como três caricas e um pratinho de tremoços.
- Depois de o MAMAS ter ganho direito a subsídios, os mesmos têm de ser entregues a uma organização legalmente constituída; sendo assim o dinheiro é-nos dado e depois nós tratamos do distribuir pelas várias células operacionais.
- Como há necessidade de haver um bar de convívio, o MINIS assume o papel de pessoa colectada, pois nem tudo pode ser ilegal.
- Como o palco das operações e o “modus operandis” do MAMAS, é essencialmente a zona histórica da vila, alguns mamistas não podiam exercer actividade, porque vários agentes têm os pés “chatos”, ao passo que outros, não abdicam de andar de salto alto, o que dificultava e punha em causa algumas acções, especialmente as que eram levadas a efeito na calçada da zona histórica. Sendo assim, passam a ser representantes do MINIS, numa espécie de General Kadhafi.
- A necessidade de um órgão que fale em português, para a comunicação social em conferências de imprensa. Oficialmente, o MAMAS tem como língua/dialecto, o aldeático; além de não saberem outro tipo de linguagem, recusam-se a pronunciar mais alguma.


Por tudo isto e mais o que há-de vir decidimos fundar o MINIS. Com vontade de fazer alguma coisa, se não tivermos de fazer grandes movimentos. Anda ajudar-nos no Nacionalismo Sardoalense. Anda dar a cara por nós e em troca bebes umas minis (mas só duas) de graça. O MINIS agradecerá a tua participação, assim como o MAMAS.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Desejos para 2010

Primeiro dia do ano de 2010, primeiro texto deste ano.
Para quem não sabe ou nunca pensou nisso, fiquem a saber que o que não fizeram em 2009, já não o farão nesse ano; terá de ser feito em 2010. E perguntam vocês, a vocês mesmos: mas o que tem isso de extraordinário? E eu respondo: nada, se for dito por mim, mas se for dito por um qualquer intelectual francês, como foi o caso, muitos vão ficar a pensar, que o anterior pensamento é (e passo a citar uma das opiniões sobre o assunto) revelador de uma intelectualidade inigualavél. Enfim... franceses!
Com o aproximar dos finais dos anos, e com as sempre recorrentes frases de bom natal e próspero ano novo, fico sempre com a sensação que fui eu que inventei a frase, tantas são as vezes que a utilizei. E como todos os anos faço os meus pedidos para o ano novo que hoje entrou em vigor, vou fazer os meus votos para 2010, tanto a nível pessoal, como a nivel de uma “santa terrinha” que se chama Sardoal.
Começo pela “santa terrinha”! Nos ultimos tempo tenho acompanhado dentro do que me é permitido, a situação de uma associação que me é muito querida, o GETAS. Soube que tem havido umas confusões com alguns processos, com eleições, com pessoas a favor outras contra, etc. Não querendo eu fazer juízos de grande valor, acho formidável que haja este tipo de discussão em torno de uma associação, que haja pessoas interessadas em fazer por aquilo e que se preocupam tanto com a “vida” do GETAS. Acho formidável haver este confronto de ideias, estas chatices, este todo amor à camisola, todo este ruído. É sinal que há interesse em que as coisas andem para a frente. Parabéns GETAS. Parabéns à direcção e seus associados.
Como tal, o que eu desejava para o ano de 2010, para o Sardoal, era que este amor à camisola se espalhasse a todas as outras associações do concelho; que houvesse pessoas a discutir e a apontar o dedo, que houvesse pessoas a aparecerem nas reuniões e assembleias e levantassem questões, mesmo que errados estivessem, que as associações entrassem em ebulição e houvesse pessoas com “tomates” para aperecerem a dar a cara, que não deixassem que o marasmo tomasse conta delas e das associações.
Gostava também de ver os sardoalenses na rua, nas assembleias da Câmara e a quem de direito, ou seja, aos eleitos democraticamente, a discutirem e a indignarem-se contra as preversidades, as indecências, os compadrios e caciquismos que têm feito “lei”. Era sinal que as coisas tinham pernas para andar em vez de aceitarem uma cadeira de rodas, sem rodas, para andar.
Gostava que o Sardoal entrasse em ebulição. Gostava que voltasse a fervilhar de ideias e vida. Gostava que o Sardoal evoluísse.
A nível pessoal, e faço deste meu desejo, o desejo de todos aqueles a quem eu quero bem, desejo tão simplesmente que o ano de 2010 seja melhor do que o ano anterior. Não vale a pena pedir muita coisa, pois já não seria mau se isto se concretizasse sempre.
Abraços, beijinhos e tenham um bom ano.
Já agora façam-me um favor: portem-se mal!!!