sábado, 5 de dezembro de 2009

Um ano depois com laranjas

Fez no passado dia 14 de Novembro, 1 ano que aterrei em terras helvéticas. Parece que passou rápido.
Durante este último ano, muita coisa mudou, e não sei quantificar nem quanto nem o que poderá ter sido, pois fico com a impressão que sempre assim fui.
Durante este ano que passou, as surpresas foram muitas, que agora não as vou querer dizer, mas o que mais me surpreendeu, foi o Verão que passou; não pela estação do ano mas pelas conclusões que pude tirar sobre pessoas que faziam parte do «meu mundo». Não falo dos amigos mas sim dos que eu pensava que até poderiam ser e daqueles que com grande surpresa minha se tornaram pessoas que eu passei a estimar mais. Escusado será dar nomes, pois a consciência de cada um assim o fará, mas este período de tempo, fez com que eu refina-se os que tenho realmente como amigos, assim como comecei a dar mais valor a umas quantas pessoas que me surpreenderam pelas boas razões. Um conselho que vos deixo: afastem-se uns tempos de onde vivem e vejam o quadro mais de longe, pois vê-se melhor os defeitos e as virtudes.
Nestes últimos tempos, descobri novas coisas sobre mim, coisas que me tornam único, tal e qual a impressão digital do dedo indicador direito. Quer dizer, eu não as descobri, pois já existiam há muito tempo, mas depois de associadas, fazem de mim um tipo mesmo único e quando atar as botas, mais nenhum sobrará à face da terra ; como tal sou um exemplar único, não só pelo ADN mas pelo que fiz, ou neste caso, pelo que não fiz.
Penso estar em condições de assumir que sou o único lagarto que não fez 3 coisas que todos os outros fizeram pelo menos uma vez na vida : 1- Não fui a nenhuma viagem a França organizada pela Câmara ; 2- Quando era músico da FUS não aceitei o convite para ir para a OLA(S), Orquestra Ligeira de Abrantes (e Sardoal) ; 3- Nunca fui a nenhuma festa do Avante.
Durante muito tempo admiti a hipótese de ser um desgraçado e que descerei ao inferno quando morrer, mas com o passar dos anos, descobri que fui um sortudo. É que duvido que estas 3 situações possam voltar a formar uma tríade para alguém, e depois disseram-me que no Inferno existe muito mais divertimento do que no céu (e depois o meu currículum já me fechou as portas a qualquer eventual entrada).
Não falarei das razões que me levaram a optar, sem ser obrigado, pelas decisões que me fizeram uma ave rara e em vias de extinção, mas hoje garanto-vos que não me queixo nem me arrependi.
Termino este texto pedindo desculpa a toda uma geração de rapaziada nova, mas não era minha intenção desonrar-vos. Depois de muitas experiência aventuras em conjunto, depois de muitas tácticas e semanas de estudo, depois de coragem e bravura que davam para 3 exércitos, eu, aqui há dias dei comigo a comprar, imagine-se: LARANJAS num supermercado. Quando cheguei a casa é que percebi o erro que tinha feito e a cobardia que desonrou toda uma geração ; aquela geração que roubava laranjas, fosse em que horta fosse. Logo eu, tido em linha de conta como um especialista. De facto, e vai quase para 30 anos, não me lembro de uma única vez que tenha as comprado. Nunca se lembraram disso? De ir a um supermercado comprar, entre outras coisas, laranjas? Pois experimentem e descubram uma nova sensção: a de chegar a casa e surpreender quem pegar nos sacos das compras; é que elas vão dizer: com tantas laranjas que há por aí nas hortas tinhas de as ir roubar ao supermercado?

sábado, 28 de novembro de 2009

Queridos desconhecidos, adoro-vos!

Hoje senti-me tocado pelo Diego Armando Maradona (pessoa que pessoalmente desaprovo), quando disse em plena conferência de imprensa aos seus críticos :”Continuem a mamar!”.
Tem surgido ao longo dos tempos, uma forma estranha de estar na vida: o ser anónimo. E como o Sardoal está na vida de muitas pessoas, o anonimato também chegou a terras lagartas. Umas vezes com alguma graça, confesso, outras vezes sem graça nenhuma, bem pelo contrário e na maioria das vezes. De qualquer forma a credibilidade a que eles próprios se submetem, é mesmo nenhuma.
Assim e no seguimento de um movimento que se quis intitular o MAA, Movimento Associativo Anónimo, eu proponho que se crie o MAMAS, Movimento Associativo de Mariquices Anónimas do Sardoal. A razão desta criação acenta em 2 pontos: 1- O de ser mais real que o primeiro nome proposto (MAA) e mais bonito de pronunciar; 2- O de puder ser formado por pessoas que provavelmente passam a vida toda “à mama” daquilo que os outros fazem.
Reparem, podia ser criado o Movimento, quer dizer, eles são tão parados que espero que não levem a mal a palavra movimento, pois assim criavam algo comum entre eles, o de não saberem fazer melhor que os outros, assim como o de não fazerem nada, mas no entanto criticarem.
Como sou e fui muitas vezes atingido pelos anónimos e o que me leva a escrever este texto é precisamente isso (hoje recebi 3 e-mails desse tipo, 2 a darem-me razão e a felicitarem-me sobre aquilo que comentei em sites anónimos e onde assino o que escrevo e outro a ofender-me e a ameaçar-me), penso que a criação deste Movimento, embora que parado ou mesmo em “marcha-atrás”, preenchiria um vazio existente. E como tal, sinto-me no dever de aconcelhar e apoiar o nascimento de tal Movimento, só para que não digam que passaram a vida toda sem fazer nada de interessante.
Adorei vários factos que aconteceram nos últimos tempos, desde a fantochada com que se tratam assuntos sérios de forma anónima até os comentários anónimos todos inchados em donos e senhor de qualquer tipo de razão. Deixem que vos diga que no meu entender, o anonimato está ao nível: da luta livre americana (onde fingem que andam à porrada), de filmes pseudo-eróticos (onde fingem que estão mesmo a praticar actos sexuais) ou mesmo de um qualquer grupo de amigos de profissionais do sexo; pois só assim se pode explicar que haja tanta cobardice e só assim se pode perceber que haja anónimos que se admiram mutuamente, mesmo não sabendo quem são os anónimos que eles próprios defendem ou dos quais são seguidores.
Considero mesmo que esses anónimos estão ao nível das crianças, ou garotitos, que brincam na internet com nomes fictícios onde se querem fazer passar por grandes, mas afinal de contas não passam de pobres coitados, quais dejectos de cão nos passeios, os quais passamos a vida a evitar e é sempre chato quando se pisa algum.
Para o e-mail anónimo que recebi, com ofensas pessoais, apenas duas pequenas considerações: sería filho de pai incógnito se fosse teu irmão; como tal, perceberás que tal não posso ser. A carga de porrada que me prometes-te vai ter de ficar adiada uns tempos, mas espero que não percas essa vontade. Até lá aconselho-te a comprares um gorro para que estejas sempre anónimo e no dia em que pretendas praticar o sexo anal de forma não consentida comigo, sendo eu a parte passiva em causa, leva alguém digno disso contigo, pois pela tua falta de coragem presumo que te falte um pouco de virilidade masculina exacerbada para o conseguires.
Para os e-mails de apoio anónimos, tenham paciência e dediquem-se a criar o acima referido Movimento.
E como não andei, não ando nem andarei à mama daquilo que os outros fazem e tentam levar para a frente, eu nunca serei um MAMAS.
Acabo este texto assinando-o (pois assim distingo-me dos demais mamadores): Daniel Grácio.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dicionário de expressões

Estive alguns dias a matutar numa ideia e por isso este tempo todo de ausência sem ter dito nada. Mas infelizmente a ideia não resultou e por isso…
O que me faz escrever, por agora, é algo que já devia estar devidamente explícito, quanto mais não seja, para que não haja mal entendidos, situações complicadas e mentiras desnecessárias, às quais a verdades chegam sempre por outros meios, que não os nossos.
Por isso urge a necessidade de fazer a primeira tradução, do que queremos dizer quando partimos ou chegamos a casa.
Há já algum tempo, que as coisas evoluiram, pelo menos na questão de quando saímos de casa e nos perguntam onde vamos. Provavelmente à noite vamos ao bar. Agora ou não perguntam ou a resposta é mais correcta, senão reparem, dantes diziamos: vou ali abaixo (que de certeza que não é ao fundo da rua), vou beber café (mesmo quando saíamos de casa 2 horas depois de ter jantado), vou dar uma volta (mesmo que chegassemos às 5 da madrugada) ou ainda a mais fantástica, na minha opinião, fiquei de me encontrar com uns colegas por causa de um relatório que é preciso entregar na escola (mesmo sabendo que o encontro é no bar e nunca antes da meia-noite).
Por agora, a coisa já se democratizou, e já se responde que "vamos ao bar mas não sei a que horas chego!".
Reparem no pormenor da saída de casa quando se vai para a "night". Como era antes e como é agora. Antigamente quando saíamos tinhamos dizer que íamos sair e a chegada a casa era sempre um pouco atribulada, pois havia sempre alguém à espera, para atestar as condições. Uns anos mais tarde tudo mudou; à hora de saída não se vê ninguém (antes que se peça uma nota para puder beber mais 3 ou 4) e a chegada também não, pois antes assim do que ter de ajudar a deitar.
Lembro-me de contar, assim por palavras meio desviadas, o que tinha acontecido ou não, ao passo que mais tarde, já ninguém se lembrava do que me poderia ter acontecido.
Como tal, acho necessária a elaboração de uma lista, onde todos estes termos possam ser quantificados ou qualificados. Como tal lanço o desafio a vocês todos, de me ajudarem a fazer este pequeno dicionário, que puderá ser actualizado à medida que se vão lembrando. Mandem as vossas "traduções" por e-mail para depois serem compiladas.
Por agora deixo-vos alguns dos exemplos do que pretendo fazer :

(Expressão-Tradução)
1- Vou beber café e volto já?- Vou beber café, água das pedras e quem sabe um Beirão. Se o ambiente estiver bom, antes do lanche estou em casa.
2- A noite ontem foi tranquila!- Bebi 10 minis e quando cheguei, passava pouco da 1h30.
3- Não sei se venho jantar!- Vou a uma festa e se não estiver muito bêbado à hora do jantar, talvez apareça.
4- Mete aqui a abaladiça!- Vou ainda beber mais três (abalada, abaladiça e abaladérrima) e depois podes dar mais uma para beber lá fora.

Fico à espera das vossas traduções.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nova Lei para os animais.

Permitam-me a heresia de comparar e aplicar o novo Decreto-Lei, sobre a posse de animais, ao Sardoal. É que como acho que existem muitas espécies raras e muitas « bestas », deviam de puder ser aplicada esta nova directiva, com efeitos rectroactivos, no concelho, que a meu ver padece cada vez mais. Não citarei casos em concreto, mas no seu geral, penso que faz todo o sentido a aplicação destas novas normas. Deixo a vocês que usem a imaginação, e que encontrem as devidas semelhanças e situações, que por todos é conhecida. Para tal, basta substituir algumas palavras, por outras bem mais obvias. Experimentem !
A portaria 1226/2009, divulga uma lista de espécies consideradas perigosas, pelo seu porte ou por serem venenosas, que só podem ser detidas por parques zoológicos, empresas de produção animal autorizadas e centros de recuperação de espécies apreendidas.
Os circos não fazem parte da lista de excepções, assim como as lojas de animais, que também ficam proibidas de vender cobras de grande porte ou venenosas, algumas aranhas ou lagartos.
Entre as espécies cuja detenção passa a ser proibida pela nova lei - excepto para os zoológicos e as entidades autorizadas - incluem-se todas as espécies de primatas, de ursos, de felinos (excepto o gato), otárias, focas, hipopótamos, pinguins ou crocodilos.
A proibição abrange ainda, na classe das aves, todas as avestruzes, e, na dos répteis, as tartarugas marinhas e as de couro, assim como serpentes, centopeias e escorpiões.
No preâmbulo do diploma, o Ministério do Ambiente justifica a nova lei com motivos relacionados com a conservação dessas espécies, com o bem-estar e saúde dos exemplares e também com a garantia de segurança, do bem-estar e da comodidade dos cidadãos “em função da perigosidade, efectiva ou potencial, inerente aos espécimes de algumas espécies utilizadas como animais de companhia”.
A portaria ressalva a situação dos espécimes já detidos aquando da entrada em vigor da lei, na terça-feira, bem como dos híbridos dele resultantes, que devem ser registados no Instituto da Conservação da natureza e Biodiversidade (ICNB) no prazo de 90 dias.
O diploma determina ainda que não é “permitida a aquisição de novos exemplares nem a reprodução daqueles que possuam no momento do registo”.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Rock com histórias.

Aqui há dias, decidi aceitar o desafio por e-mail, de fazer uma convocatória de músicas rock, que de alguma forma, me tenham ficado gravadas na memória. Chamei a isto desafio, porque não sabia o dificil que é seleccionar 18 músicas nestas condições.
A proposta era simples e rezava assim: "pega no exemplo de uma convocatória de futebol e convoca 18 músicas no teu estilo preferido, de temas que te tenham marcado pelas mais variadas razões, como por exemplo: letra, som, altura da vida em que as ouviste, lugares que recordas quando as ouves".
De uma primeira lista de cerca de 150, a tarefa de apurar 18 foi penosa. Muitas deviam de estar aqui. Sei que cometi muitas injustiças para ter chegado a esta lista, mas perdoem-me a fraqueza, pois teria, de qualquer das formas, de as cometer.
Se duvidam da dificuldade, experimentem. Pelo menos terão o prazer de ir ao baú e recordar coisas boas que se faziam; quer dizer hoje também há boas coisas, mas estas...

01- The Pixies- Where is my mind
02- Pearl Jam- Black
03- Prince- Purple Rain
04- Manic Street Preachers- A design for a life
05- Radiohead- High and Dry
06- The Cure- Just like heaven
07- The Cult-She sell sanctuary
08- The Strokes- You only live once
09- Dave Matthews Band- Sattelite
10- Led Zeppelin- Since I’ve been loving you
11- Doors- Roadhouse Blues
12- James- Sometimes
13- Skank anansie- Twisted (everyday hurts)
14- Deep purple- Highway star
15- Marcy playground- Sex and candy
16- Whitesnake- Would i lie to you
17- Lenny kravitz- Are you gonna go my way
18- Palmas Gang- Portugal Portugal

P.S.- A ordem é indiferente, por questões de não aumentar ainda mais as dificuldades. Mas quem me conhece sabe perfeitamente qual é a minha n°1.

sábado, 10 de outubro de 2009

Anedota real

Esta história já tem uns meses mas de qualquer forma foi das melhores anedotas que ouvi. E digo anedotas porque toda a conversa pareceu mais uma anedota, do que uma situação verídica. Senão reparem, pois a situação foi bem real e ainda hoje me farto de rir com ela.
Depois de um trabalho que fui fazer, mais uns colegas, fomos beber um copo, descontraidamente. Passados uns minutos chegou ao café onde estávamos, uma personagem, João, que assim que entrou, Quim, um dos colegas, nos advertiu para que não acreditem muito no que este gajo diz, mas garantiu que nos vamos fartar de rir com ele. O tipo quando viu o Quim, veio juntar-se a nós e começou então a anedota. Depois de terem-lhe perguntado como estava ele respondeu, que não íamos acreditar no que lhe tinha acontecido uns dias antes.
Ele, tinha estado a trabalhar num bar, quando sem aviso entrou o Carlos Santana. Claro que o Santana ao reconhecê-lo, perguntou se podia tocar uma ou duas músicas, pois estava com vontade, ao que rápidamente lhe foi dito que sim. No meio do concerto o Santana pediu-lhe se o João não se importava de o acompanhar numa música. Depois de alguma insistência dos clientes ele lá pegou numa viola e saltou para o palco. A actuação foi de tal maneira que no fim o Santana lhe ofereceu a guitarra com que tinha tocado.
Ao ouvir toda esta história, fiquei parvo, pois a convicção com que acabava de contar esta peripécia era estonteante. Nem a cerveja fui capaz de beber enquanto ouvia.
Mas o final da história, que ainda hoje me deixa a rir, foi quando o Quim, lhe respondeu:“ Oh João és um tipo cheio de sorte! Não é por teres a viola e por teres tocado com o Santana. A tua sorte foi não ter sido o Elton Jonh a ter lá ido; ía gostar de te ver a trazeres o piano às costas“.
Isto foi mesmo uma anedota, e acreditem que foi bem real.
Como hoje o tema pelo qual escrevo, são as anedotas, vou acabar por exprimir o quem penso sobre as eleições autarquicas de amanhã. Como isto provavelmente só vai ser lido por alguém lá para segunda-feira, depois digam-me se não acertei.
Penso eu, então, que vai continuar tudo na mesma. O actual vai ganhar, porque existe muitos mais interesses em que o Sardoal continue como está, do que mude. O comodismo sardoalense a isso me leva a pensar. E mais não comento pois, quero que este espaço não esteja ao dispôr de pessoas desonestas.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Quero perceber todas as comédias.

O fenómeno da comédia tem os seus altos e baixos, gostos e desgostos, momentos de genialidade e outros que, enfim existem, mesmo sem que ninguém consiga explicar o porquê.
Acompanho com especial atenção a comédia, pois é uma coisa que me chama a atenção. Faz-me trabalhar o cérebro. Acompanho e vejo, não só a comédia que se faz em Portugal, como a que passa em Inglaterra, nos países francófonos e nos EUA.
São muitos os nomes, muitas as séries, muitas horas de análise, de bons momentos, de outros menos conseguidos, mas sobretudo aprecio a criatividade.
Embora haja gostos para tudo, penso que a Maria Rueff, certa vez deu bem a resposta aos gostos das pessoas a níveis cómicos, com o seguinte exemplo: « se eu disser que uma galinha comeu um elástico e andou 15 dias a pôr o mesmo ovo, há pessoas que gostam e outras que não; há quem perceba e não goste e há outras que não fazem ideia do que se tentou transmitir. » Mais claro que isto ela não podia ter sido.
O que me preocupa na comédia, é este último aspecto, não fazer ideia do que se tentou transmitir. Por isso deixo aqui um apelo : qualquer pessoa me explique onde está a piada, ou piadinha, ou qualquer jeitinho que seja, do Bruno Aleixo? São vários os mails que recebo a dizer : « vai ver isto que é genial ! » e depois deparo-me com aquilo! Dá para se ganhar a vida a fazer aquilo? Há quem consiga perceber onde está a criatividade ou o mais pequeno rasgo de genialidade daquilo? A sério, alguém que me explique, pois como anda tudo doido com aquilo, eu também gostava de puder ficar nesse estado. Serei eu um fora de série se fizer um jogo como ele e perguntar se: preferem dormir para sempre com a luz do quarto acesa ou tomar banho com a luz do banheiro desligada, também para sempre?
Com isto agradeço a todos os que me enviaram mails com links para ver a alegada comédia, e peço que em breve alguém me envie algo elucidativo sobre este novo tipo de comédia que tem deixado Portugal a falar dele, mas que eu ainda não consegui perceber.
Antes de terminar, gostava de dizer que fazer comédia, brincar ou tentar fazer rir alguém, também não é fazer-se passar por essa pessoa. Decerto que o Sebastien Loeb não vai querer passar por ser motorista para andar a partir jipes, embora o motorista, provavelmente, tenha inveja de não puder dizer com a sua própria identidade, que acha os homens lindos. Afinal de contas quem não tem mãozinhas para conduzir jipes, que até são grandes, não devia de mexer em coisas pequenas, como por exemplo : telemóveis. Ou se não sabe o que fazer às mãos, que as meta ao fundo das costas.
Tenho dito.


domingo, 27 de setembro de 2009

Políticos de agora e personagens históricas

Os nossos políticos, têm recentes histórias de vida que se podiam assemelhar a personagem históricas portuguesas. Quer dizer, de toda a história antiga, eles lograram em algum aspecto, igualar-se ao antepassados. Mas foi só mesmo isso: um pequeno aspecto e mais nada. Senão vejamos:

Sócrates bem que podia ter sido D. Afonso Henriques. Ele, conquistou o poder, em Lisboa, a alguns mouros, e instalou-se lá de armas e bagagem. Ainda por cima, anda sempre à porrada com uma tal senhora “sua mãe”, D. Teresa, neste caso Manuela F. Leite, que embora não seja de facto sua progenitora, idade não lhe falta para tal. Depois de amantizada com os espanhóis, até porque eles lhe deram alguns trocos para não fazer nada no Santander, começou a detesta-los, porque o seu “filho” e arqui-rival, Sócrates ou Afonso Henriques, se associou a eles para fazer um comboio de alta velocidade, e vai daí jurou-lhes guerra, até mesmo na televisão. Sócrates, que de espanhol tem pouco, pois tem-se visto grego, viu ali oportunidade de poder fazer muito e vai daí aproveitou para se fazer amigo de um tal Zapatero, que além de jovem como ele e sucessor do ex-amante de “sua mãe”, Aznar, sabia fazer sapatos que depois os vendia à Zara&Ca, tendo inclusivé, tentado organizar uns campeonatos de Futebol com os Lusos.
Manuela, era amante do Aznar, mesmo depois de ter tido o azar que teve. A aliança ibérica era de tal forma forte que decidiram voltar a dividir o mundo, como no tratado de Tordesilhas. Decidiram então e com a ajuda do D.Sebastião, Durão Barroso, porque teve um reinado curto e desapareceu sem deixar nem rasto nem glória, organizar uma festa para inglês ver. Mas quem decidiu aparecer foram também os americanos. Como o meio caminho entre os países fica nos Açores, foi lá que teve lugar o encontro. Só que o novo tratado das Tordesilhas, passou a ser o novo tratado de dividir Iraque e o Afeganistão. Claro que uns tempos depois os tipos não gostaram e vai daí, vai de meter lá bombas. Claro que os espanhóis, não gostaram e e meteram lá o Zapatero. Com isto e enfurecida pelos espanhóis a terem traído aliando-se a Sócrates, D. Teresa veio à televisão dizer que Portugal não é dos espanhóis, ao que eles advertiram de imediato, para que ela não se arme em padeira de Aljubarrota, pois hablita-se a levar um pão. Com isto o Sócrates, aparece e diz que temos de ser uns para os outros e diz ao Zapatero, para fazer o TGV até perto da fronteira que depois vai lá ter com ele. Ora a D. Teresa não gosta e estalou de vez a guerra entre mãe e filho.
Palavra puxa palavra e entram em cena as outras personagens.
Chega um tal de Louçã, armado em novo Vasco da Gama, descobridor de novos mundos, que vinha a fumar uma ganza e a comentar com os seus camaradas anti G-8, depois de terem partido mais 10 vitrines de lojas: “isto era mesmo fixe que se pudesse fumar à vontade”. Tentou fazer aprovar uma lei para tal, mas disseram-lhe que isso sempre se fumou à vontade e que tentar conquistar votos distribuíndo mortalhas era má ideia, pois íam acabar por ficar sem nenhuma e ainda faltavam 25 vitrines de lojas para partir. Ele perguntou quem tinha dito isso, e uma tal de Joana Amaral Dias, aqui como Inês de Castro, deu-se como acusada, acrescentando que não lhe apetecia fumar e que até achava “bem bom” o Sócrates. A estas declarações Vasco da Gama ficou D.Pedro I, só que em vez de mandar arrancar o coração pelas costas ao Sócrates, mandou fazer isso à Joana, correndo com ela da sua trupe de vandâlos da linha de Sintra, impedindo-a também de fazer parte da próxima acção de boicote.
Louçã, que era comunista em pequeno, teve a mesma atitude que o seu anterior líder, Jerónimo de Carvalho, que bem que podia ter sido o Velho do Restelo. Isto porque uma vez Louçã também se recusou a alinhar com os príncipios do Velho. É que certa vez foi apanhado logo de manhã a comer uma menina perdida de boa, só que esta já não era uma criancinha, a julgar pela posição em que foram apanhados e vai daí, correu com ele. Pois para o Velho do Restelo, quem não quer comer ua criancinha é porque gosta mais de velhas; e como velha é a D. Teresa (Manuela F. Leite)... Jerónimo, que tal como o Velho do Restelo, foi manifestar-se contra a ida de capitais para o estrangeiro. Não valia a pena lá investir e com a ajuda de meia dúzia de tractores, tentou bloquear o acesso ao aeroporto, de onde saíam os empresários rumo ao Brasil e a Angola. Imcompatibilizou-se também com o Sócrates, pois este obrigou os funcionários da escola onde estudava, ou estava inscrito, como queiram, a trabalhar ao Domingo para lhe pasarem o papel a dizer Engenheiro.
Claro que a chegada de Sócrates ao Governo, bem que se pode agradecer ao Paulo Portas. O tipo era ex-Mouro com o Barroso e com a D. Teresa, porque eles queriam Governar à vontade. Como lhe disseram que ele estava à vontade, o Paulo, bem que podia ter sido o Martim Moniz. Decidiu comprar uns submarinos, mas eles meteram água. Tanta, que quando teve de fugir com a chegada de Afonso Henriques, ao passar pelos gabinetes da D. Teresa e do D. Sebastião, deixou a mão entalada na porta, que permitiu ao Sócrates entrar no palácio de S. Bento, e impediu o Matim Moniz de assinar mais uns papéis para se cortarem sobreiros no Alentejo. Claro que ele não teve a culpa, mas como o tipo vai muito a feiras, numa delas uma cigana leu-lhe o destino. Previu ela que D. Teresa está velhinha e que se ele quer chegar ao poder outra vez, a melhor coisa é casar com ela, pois em breve em vai bater as botas e pode ser que fiques com tudo ao que ela tinha direito.

E é assim que os nossos políticos passaram mesmo ao lado de personalidades históricas. Embora as suas histórias estejam muito parecidas, nada ficou em comum, feliz ou infelizmente.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

As correntes da internet

Tenho, ao longo dos tempos de internet, sido bombardeado diáriamente com mensagens de correrio electrónico, e-mails, com algo que se deve ter disseminado pelo mundo, que são as correntes de solidariedade, onde é pedida ajuda monetária, ou dadores de sangue ou medula óssea, assim como sou ameaçado por esses e-mails de: infelicidade, tristeza, riqueza, pobreza, etc, se eu interromper essa corrente e não a enviar apelo menos a 10 ou 15 contactos.
A juntar a estas coisas todas, temos as pessoas que me as enviam na esperança de que isso seja verdade, como se alguma coisa pudesse acontecer de extraordinário ao enviarmos ou não um e-mail, assim como a quantidade de mensagens que recebo. Nem as abro; vão directas ao lixo.
Poderia ensaiar uma explicação técnica, explicando porque não se deve de enviar e-mails desse género para tantas pessoas, mas vou preferir a sátira, pode ser que percebam melhor.
Ora fazendo contas, em 5 anos de internet, a receber por semana, pelo menos, uma mensagem sobre: dadores de sangue, dadores de medula óssea, ajuda monetária, felicidade, amor, solidariedade, ajuda a quem precisa de ser operado, víctimas da acidentes naturais, amizades e brincadeiras variadas, tenho que recebi 2700 mensagens de correntes (isto fazendo contas por baixo), das quais quebrei todas as correntes que me chegaram.
Analisando agora ponto por ponto, chego às seguintes conclusões:
-Dador de sangue- por cada corrente, e se a todas as vezes que dei sangue, retiraram 100 ml, e se cada pessoa necessitada, precisasse de 1 Lt, eu não teria ajudado, sensivelmente 5 pessoas.
-Dador medula óssea- além de ser dador, por cada vez que não fiz caso da corrente, não ajudei 270 pessoas.
-Ajuda monetária- por cada corrente interrompida e pela qual não doei 1€ a favor de uma criança, deixei carênciadas 270 crianças.
-Felicidade- por ter interrompido todas as correntes que me prometiam felicidade,se enviasse a 15 contactos, ou 7 anos de infelicidade, ganhei o direito a 1890 anos de infelicidade.
-Amor- por ter interrompido todas as correntes de amor, três anos de tristeza por cada, ganhei o direito a 810 anos de tristeza.
-Solidariedade- por não ter passado 270 correntes de solidariedade, 5 anos de azar por cada uma, ganhei o direito a 1350 anos de má sorte.
-Ajuda a quem precisa de ser operado- Interrompi 270 correntes, logo deixei ao abandono 270 pessoas.
-Víctimas de acidentes naturais- como não fiz caso das correntes deixei de apoiar mais 270 pessoas que precisavam da minha ajuda, depois do tsunami e das inundações.
-Amizades- por não ter passado a corrente de amizade, perdi 1080 amigos.
-Brincadeiras variadas- eu deixei de brincar e de receber coisas surpreendentes, por não passar a corrente, 540 vezes.

Resumindo. Por não ter passado as tais correntes eu: sou responsável pela não ajuda a 1085 pessoas carênciadas; vou ter 4050 anos de tristeza, infelicidade e azar; perdi 1080 amigos (ou não sabia que tinha tantos ou perdi os mesmo várias vezes!); perdi a oportunidade de me divertir por 540 vezes, que dá quase 2 anos.Não sei como vou gerir todas estas situações, mas pelo menos podem fazer-me um favor: acabem com os envios de correntes por e-mails; é que eu já tenho que chegue e não sei como vou viver daqui para a frente.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Casas de banho em bares

As idas constantes à casa de banho tornam-se um hábito perfeitamente normal para todos aqueles que saem à noite e bebem uns copos. Que atire a primeira pedra quem, neste caso, nunca o fez várias vezes.
Importa então salientar o papel das casas de banho, começando pelo princípio de se chamar àquilo casa de banho. Sanitários ainda vá lá que não, mas casa de banho? É que a única coisa que de lá vem com banho tomado são os sapatos.
Tal como não poderia deixar de ser, tem de haver pelo menos duas, isto enquanto a lei não obrigar a que haja uma terceira para aqueles que não sabem bem qual é a deles e uma quarta, não de “cavalo”, para os que usam a casa de banho do sexo oposto por diversão ou porque a deles está sempre ocupada (caso curioso porque isto acontece sempre com os homens; não me lembro de ver mulheres a fazerem isto!)
E como tem de haver duas, até agora, os homens e as mulheres usufruem de forma e perspectiva diferente, tal como nos computadores, diferentes “ópticas do utilizador”. Tomando em primeiro o caso dos homens, as casas de banho são simples, directas e desprovidas de qualquer apetrecho que vise a sua utilização sentado. Isto porque o homem não tem necessidade fisiológica de a utilizar sentado, durante a noite, em circunstância nenhuma, pois o homem foi concebido para assim ser: só se tem vontade de dia. E isto foi uma coisa descoberta à muito tempo pelos donos dos estabelecimentos: “Para quê pôr lá papel e tampa se eles não vão ter vontade de usar?”. Mas em compensação deixam lá uma piaçaba sabe-se lá porquê!
O caso das mulheres é mais engraçado, sempre são um pouco melhores. Elas como não estão equipadas com o mesmo dispositivo directo dos homens, têm de fazer uso sentadas (quer dizer, há gente para tudo). O asseio é melhor e dá a sensação que estamos num ambiente mais familiar (e com isto sou daqueles que quando sair a nova lei vou utilizar a “quarta”).
Outra coisa que difere são as portas. A dos homens é só de abrir e fechar sem puxador, isto porque o nosso dispositivo directo permite a utilização de mais do que um ao mesmo tempo; depois se a porta estiver aberta, azar, quem não quiser não olha. As senhoras, não! Essas muitas vezes têm de manifestar o interesse, como se publico fosse, de frequentar a “dita” e pedir o puxador ao balcão (já percebem agora porque razão nos filmes porno aparece um canalizador? Elas podem lá ficar fechadas). No caso das senhoras, a muita falada “ida aos pares” provavelmente deve-se ao facto de muitas delas pensar que ir à casa de banho é como entrar em algumas discotecas: só se entra acompanhado e antes por “uma” do que por um daqueles que mije para o chão. Depois lá dentro “cada uma por si e encontramo-nos à saída!”
Uma palavra final para aqueles que acertam sempre ao lado da sanita: pode ser que qualquer dia sejam beneficiados em referendo, onde a pergunta seja: “Concorda com que todo o homem, provido de dispositivo directo ou devidamente legalizado, possa urinar para o chão das casas de banho, desde que esteja num bar, depois de beber 10 cervejas?”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Burkazição dos machos

Penso que sou a primeira pessoa na história mundial e humana, que disse pela primeira vez: burkazição dos machos. Não encontrei esta palavra escrita em mais lado nenhum nem em nenhum outro idioma. Como tal, sou o pioneiro, e talvez infelizmente, no estudo do que se está a passar com o facto de os machos estarem a caminhar para o que decidi apelidar de burkazição (uso da burka).
Deparei-me com o facto, quando em Portugal, fui chamado à atenção pelo facto de usar uns calções de banho que eram, de certa forma “mais curtos e mais apertados” do que o habitual (não eram de lycra), a que o pessoal estava costumado a utilizar. Quando perguntei porquê, disseram-me que dessa maneira, as pessoas podiam reparam no “material” quando se saía de dentro de água. Eu ainda perguntei qual era o mal disso, pois é normal acontecer, seja com que calções for, explicando que por aqui (Suíça), só se pode frequentar certos sítios usando este tipo de calções, por questões de higiene.
Ora a conversa ficou um pouco por ali, mas deparei-me com o facto de ter machos a repararem neste tipo de coisas. Como tal pûs-me a observar e fez-se luz. Reparei que hoje em dia, o homem dito macho, passou a utilizar calções por cima dos tornozelos, pois já não se pode dizer que aquilo é por debaixo dos joelhos, e mais engraçado ainda, vão também com cuecas, ou seja, quase que vão de calças e de cuecas para dentro de água. Tudo isto com o intuíto de defenderem a causa púdica.
Mas o que eles não esperavam era que há meninas que reparam em meninos, e quando ouviram dizer que: ”como estou habituada a ver-te com aqueles calções, não te estava a reconhecer agora que estás vestido com calças de ganga e t-shirt”.
Ora se observar-mos as meninas (eu reparo de forma natural e não tenho vergonha disso), como é entao possível elas andarem de biquinis? Que dirão eles da forma como elas se vestem? Que dirão às namoradas? Será vergonhoso, por certo este tipo de vestimenta feminina, assim como todo o material que se utiliza que fique curto e ajustado ao corpo
Como tal, decidi criar a teoria da burkazição do macho. Com o passar dos anos, a mulher tem vindo a perder roupa quando vai para a praia, de forma a se sentir mais confortável; lembrem-se das vestimentas que elas usavam nos anos 30 ou 40, e aquelas que se usam hoje.
O macho, em vez de continuar a sua tendência, andou no sentido contrário, ou seja, começou a vestir-se, o que me leva a concluir que mais uns anitos e assitiremos a uma utilização completa de burka por parte dos machos, sempre que se dirijam a uma piscina, pois para esses será sempre preferível que elas não reparem que vocês possam andar bem “aviados”.
P.S.- Aproveito para deixar aqui o meu desagrado para com aquelas que agora deram em ir de top e de calções. Não que me chateie, mas para andarem de burka, já bem basta o pudor dos machos.

domingo, 16 de agosto de 2009

Encomenda das eleições autarquicas

Um amigo meu pediu-me, ou melhor, encomendou-me que eu me pronunciasse sobre as próximas eleições autarquicas, em especial sobre as da "nossa santa terrinha". Encontrei um texto (no blog www.jumento.blogspot.com), do qual copiei parte e do qual eu também revejo a minha opinião sobre os pequenos concelhos em Portugal. Cá vai:

"A realidade da nossa gestão autárquica é marcada pelo populismo, os autarcas vivem dos votos dos eleitores mais ignorantes e gastam os recursos para conquistar o voto fácil. Isso significa que uma parte não negligenciável dos recursos públicos é mal gasta.
Um bom exemplo disso é Vila Real de Santo António onde nos últimos anos um autarca descobriu a fórmula de sucesso, conquista o coração dos idosos aproveitando-se das fragilidades do SNS para levar meia dúzia de velhotes a operar as cataratas a Cuba. É evidente que muitos outros que têm problemas ficaram de fora desta generosidade, dava menos nas vistas. Mais beneficiado do que os velhotes foi Santana Lopes que recebeu um suplemento de rendimento a título de assessoria jurídica à autarquia.
Não está em causa se o autarca é do partido A ou do partido B, o que está em causa é que com obras de fachada, iniciativas populistas e falsas notoriedades Vila Real de Santo António não passa da cepa torta, não estimula a fixação de empresas, não estimula iniciativas empresariais, não fixa os jovens mais qualificados que são obrigados a partir.
Esta não é uma realidade exclusiva de Vila Real de Santo António ou de autarquias geridas pelo PSD, é o resultado de décadas de populismo que deram lugar a uma nova estirpe de autarcas que governam para conquistar votos e sabem que os votos fáceis, dos velhotes, dos cidadãos com menos culturas e dos estratos mais frágeis da sociedade são os mais fáceis de conquistar, basta umas obras de fachada, alguma caridade e muitas festas.
A curto prazo até ficamos com a impressão de dinamismo, a longo prazo compromete-se o desenvolvimento económico, marginaliza-se o concelho do investimento tecnológico, compromete-se a criação de riqueza e promove-se a pobreza.

P.S.- Os "nossos" velhotes não vão a Cuba, mas têm muitos passeios e almoços convívio. Aos jovens dá-se uma "grande viagem" (leia-se: 15 dias a andar de autocarro) para ver a França. Os candidatos são conhecidos: aos que lá estão juntam-se outros que... enfim; aos que querem ir para lá pergunta-se se farão eles melhor. De qualquer forma não vou, porque não posso, ir votar.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Graus de parentesco

Boas, senhoras, senhores, meninos, meninas e quem mais estiver a ver isto, ou seja, o que eu quero dizer é que depois de uma ausência, deste meu espaço, estou de volta para continuar esta aventura.
E começo por um texto que escrevi, para um antigo projecto, mas foi mais um de entre muitos outros que ficaram somente escritos. A situação passou-se num café, onde depois de ter lido uma notícia num jornal, algumas perguntas começaram a subir-me à cabeça. Chegado a casa decidi escrever as hipóteses que me fui lembrando até que cheguei a um beco sem saída que quero partilhar convosco.
Sendo assim, cá vai:

Um certo dia, ao estar a beber café, descontraídamente, e enquanto lia o jornal, acabadinho de chegar, uma notícia chamou-me particular atenção. Era uma notícia sobre algo de extraordinário que me deixou um pouco, quer dizer muito, pensativo.
Tinha-me deparado com o seguinte: “Aos 47 anos, Bill Wyman, baixista dos Rolling Stones, iniciou uma relação com Mandy Smith, de 13 anos, com a aprovação de sua mãe. Seia anos mais tarde casaram, mas o casamento só durou um ano. Não muito tempo depois, o filho de Bill, Stephan, de 30 anos, casou com a mãe de Mandy, Sra. Smith, de 46 anos…”.
Após algum tempo de reflexão, e antes que o café tivesse tempo de arrefecer, pois para frio bem bastava o moscatel já trazer gelo a mais, com extrema precisão concluí que se Bill e Mandy ainda fossem casados, Stephan teria sido sogro do seu pai e que Mandy seria madrasta do seu padrasto.
O moscatel fez subir-me algo de novo à cabeça, pois a fornalha ainda estava acessa da noite anterior, e depois de umas novas contas de cabeça, que foram bem difíceis, afirmei, para mim mesmo e para o outro moscatel que ja vinha a caminho, que da mesma maneira que Bill era genro do filho, a Sra. Smith seria nora da sua filha. Apercebi-me também que se ambos os casais tivessem filhos, Stephan e Mandy seriam avós dos seus irmãos.
Escutando com atenção o meu outro “eu”, não pude deixar de acrescentar, já que se falava de avós, que Stephan e Mandy seriam então avós deles próprios.
Finda as conclusões, uma questão ficou em simultâneo a matutar na minha cabeça: qual seria então o grau de parentesco entre os filhos que poderiam advir de tais relações?


Se quiserem podem fazer as vossas contas, e adivinhar esta proposta que hoje vos deixo. Por mim, dei por concluído este meu estudo de graus de prentesco, sem conseguir concluir nada mais.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Dar uma queca

Comprei em 2008 um dicionário, que me tem ajudado na aprendizagem do francês. Diz na capa que se trata de um dicionário essencial bilingue (francês-português e português-francês), pertencente à Porto Editora, com o ISBN n° 978-972-0-01104-6. Até aqui nada de especial, até ao dia em que sem querer o inesperado aconteceu numa consulta feita, o que me levou a analisar em maior pormenor, várias coisas que por lá aparecem escritas.
Sendo assim e depois de ter analisado bem este meu dicionário, cheguei à conclusão que nunca conheci verdadeiramente os dicionários, mas podem ser muito úteis.
Começando pelo fim das descobertas feitas, temos que neste dicionário aparece na segunda página, a reserva de direitos da obra, onde podemos ler que: "esta publicação não pode ser reproduzida ou transmitida, no todo ou em parte, sob qualquer forma ou por qualquer meio electrónico, nomeadamente fotocópia, gravação ou outros, para qualquer finalidade sem prévia autorização escrita do autor". Logo aqui descobri que não posso copiar deste dicionário nenhuma palavra para depois escreve-la num papel, o que acho espectacular.
Antes disto ter acontecido, reparei que numa pequena conta-capa, vinha escrito que: "O Dicionário Essencial de Francês/Português e Português/Francês, apresenta os conteúdos de forma clara e concisa, aliando o rigor científico a uma preocupação didática fundamental para a aprendizagem da língua francesa", o que conjugado com a minha primeira descoberta, faz desta obra um trabalho muito bem realizado.
Todas estas descobertas, apareceram na sequência de uma consulta que fiz, onde procurava a palavra francesa para "Quebradiço". É que meia dúzia de palavras mais abaixo, deparo-me com grande espanto para a palavra "Queca"; sim essa mesmo, que vocês estão a pensar.
Na dicionário podemos ler o seguinte: Queca- s.f. (vulg.) coup ; Dar uma queca : tirer un coup.
Depois de 2 minutos a pensar no que se estava a passar, não conclui nada. Depois fui em buscas de mais coisas que aparecem no dicionário e descobri o que já anteriormente referi, o que de facto, faz todo o sentido.
Reparem que ao propormos a uma menina : on y va tirer un coup (vamos dar uma queca), estamos a utilizar "os conteúdos de forma clara e concisa, aliando o rigor científico a uma preocupação didática fundamental para a aprendizagem da língua francesa".
Para finalizar, percebi e entendi o porquê dos meninos quando são pequeninos e dos emigrantes quando ainda falam pouco da língua que necessitam, as primeiras coisas que aprendem são este tipo de coisas e de palavras; é que eu já sabia o que quer dizer "tirer un coup", mas que "cassant" significa quebradiço, nem pensar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A ultima ceia

A minha heresia, deu-me para escrever isto uma vez. Aconselho a acompanharem o texto com o quadro feito pelo grande Leonardo da Vinci.

Como era hábito, todas as quintas-feiras, um grupo de rapaziada, denominados Os Apóstolos (chamavam-se assim pois eles apostavam sempre a tudo e até tinham uma equipe de futsal), costumavam fazer uma jantarada. E como também era hábito, o jantar era a pagar por todos, só que daquela vez, Jesus fez questão de ser ele a pagar, pois tinha conseguido vender a carpintaria do pai, a quem chamavam Pedro dos Móveis, por um bom preço, enganando assim o novo proprietário.
Sem ninguém saber e até porque na altura ele ganhava bem, pois era titular de um cargo público, decidiu por sua livre e espontânea vontade, contratar uma moça para abrilhantar o jantar. O manjar foi no restaurante Escariotes, do qual o proprietário, Judas, também era um dos Apóstolos; e se havia coisa que ele não gostava, e com razão, era que lhe causassem problemas no estabelecimento, o que por parte de Jesus, quando já estava com os copos, era frequente. Mas como eram todos amigos e Jesus dava tacho para todos eles, no dia seguinte, ele passava por lá, pedia desculpa e continuava tudo como dantes. O resto da malta gostava de se rir com as peripécias e até a brincar costumavam dizer que Judas era traidor.
O jantar veio para a mesa, e no meio da cavaqueira, Jesus levantou-se e pediu para falar :
-Pessoal tomem lá atenção- disse Jesus. Como enganei o comprador da carpintaria do meu pai, decidi fazer uma surpresa. Resolvi trazer uma stripper para abrilhantar o jantar. Meus caros apresento-vos aminha amiga Maria… Madalena.
-Ainda bem que é isso. Pensei que ías entrar na paranóia que te andam a seguir e que ías pedir a alguém para ir chamar a GNR- disse André.
O pessoal achou porreiro, mas o Judas temeu o pior e no fim do espectáculo lá avisou o pessoal.
-Escutem uma coisa. Não contem nada disto lá fora, senão vem aí a bófia e eu é que pago a multa- disse Judas.
-Ninguém se chiba! –disse de imediato Pedro.
O jantar lá foi decorrendo até que o inevitável aconteceu. Jesus, já com o pincel, decidiu discursar para os amigos. Embora tenham tentado nada o demoveu.
-Meus caros- disse Jesus- estamos aqui hoje em confraternização, mas eu gostava de puder dizer que…
-Pronto, tinha de ser- disse Bartolmeu para Tiago Menor. O gajo até é porreiro, só que desde aquela história do pão, ninguém o cala, principalmente quando está bêbado.
-Mas que história foi essa ?- perguntou Tiago Menor. Lembro-me de me terem contado qualquer coisa, mas não tomei atenção.
-É pá, ele esteve a ver uma cena do Luís de Matos a explicar como fazia as ilusões. Pegou no pão que a mãe tinha acabado de fazer e foi para o quintal treinar o que tinha visto. A vizinha estava à estender a roupa, viu, foi chamar a irmã, que chamou a prima, que chamou a amiga… No fim disse que aquilo parecia um milagre, as pessoas só ouviram que era um milagre e pronto. E mais, com isto tudo ainda ganhou umas massas com entrevistas para a TVI- disse Bartolomeu.
-Ele deve de ser judeu, com certeza ! E depois admira-se que lhe queiram fazer a folha e que tenha a bófia à perna- disse Tiago Menor.
-Mas também vos digo uma coisa- disse André dirigindo-se aos outros dois. Agora que ele não nos ouve e para que não se convença ainda mais, se calhar é por causa disso que a mãe dele faz uma açorda que é uma maravilha.
Jesus lá continuava o seu discurso, só que não reparou que estava a falar sózinho, pois o pessoal já sabia o que a casa gasta, e sendo assim foram formando grupinhos de três e lá foram falando.
-Ele quando está assim é insuportável- disse João. Pobre rapaz.
-Oh João, desculpa lá que te diga, mas estás cada vez mais abichanado. És muito delicado, aliás dedicado demais para o meu gosto e não me digas que vais ser primeiro gay assumido da história!- disse Judas.
-É verdade que agora deste para o transformismo?- perguntou Pedro.
-Não seus tontos ! –replicou João encostando a cabeça a Pedro.
-Olha, ainda bem que estás assim- disse Pedro. Aproveito e roubo o resto do bife a Jesus, que pelos vistos não vai comer mais. Nisto pegou na faca e roubou-o do prato de Jesus.
-É pá, eu não quero cá ninguém a passar fome no meu restaurante. Se quiseres eu faço mais- disse Judas.
Entretanto ao lado, Tomás, Tiago Maior e Filipe, riam-se alto com o que Jesus ía dizendo.
-Pessoal, para vocês os três acabou-se o vinho- disse Jesus. Ainda são novos e estão sob minha responsabilidade e como estão fartos de rir é sinal de que estão bêbados.
-Tu estás é maluco !- disse Tiago Maior indignado. Andas aí com um discurso que até custa a acreditar e não queres que me ria? Agora andas em cima de água e queres que te levem a sério? Estás mal aproveitado na política, o teu lugar era num palco a fazer rir a malta !
-Deixa beber só mais um !- disse Tomás.
-E eu, e eu, bebi tão pouco !- disse Filipe.
-Deixa lá os rapazes beberem- disse Bartolomeu levantando-se da mesa.
Lá prosseguiu o discurso, a farra, os copos, até que Jesus insistiu que era capaz de fazer levitar o seu copo só com o poder da mente.
-Nem penses !- disse Judas com prontidão.
-Mas eu tenho o dom, a dádiva- disse Jesus.
Começou então a discussão a sério, que só acabou quando em medida de reconciliação Judas deu um beijinho na cara a Jesus, só para não ter que o aturar mais.
-Olha lá Simão, não achas que ele já está a abusar ?- perguntou Tadeu.
-E o que queres que eu faça? Ainda não ter começado com a história do bebei do meu sangue, já é sorte. Da ultima vez que aconteceu acabei por ter de ir pô-lo a casa. Encontrei-o deitado no chão a dizer que era vampiro, mas afinal de contas era mas era tinto. E por falar em tinto, deixa-me que te diga que o teu não vale nada- disse Simão.
-Mas olha só o estado do tipo! O mais certo é daqui a pouco isto dar confusão- disse Mateus.
-E eu vou fazer o quê? Talvez o Bartolomeu arranje solução- disse Simão. Bartolomeu, como nos livramos do tipo ?
-E eu sei lá !- disse Bartolomeu.
-Eu é que vou acabar com isto e é já agora- disse Judas completamente irritado. Vou chamar a Bófia e depois digam que eu é que sou o traidor, mas por hoje já não aturo mais gajos bêbados que armam confusão.
Para a história, fica a imagem captada pelas câmaras de segurança, durante o jantar.
No quadro pode-se ver os Apóstolos, da esquerda para a direita, que depois ganharam o torneio para veteranos em futsal : Bartolomeu, Tiago Menor, André, Pedro (que tem uma faca na mão), Judas (que tem uma bolsa na mão), João (com a cabeça encostada a Pedro), Jesus, Tomás (a apontar), Tiago Maior (de braços abertos), Filipe, Mateus, Tadeu e Simão.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Notícias: Côro do Getas

Estas notícias não aconteceram, mas pelo menos estão cheias de boas intenções. Podiam ter acontecido num mundo e numa realidade diferente, mas no entanto não são verdade; quer dizer, com um pouco de jeitinho, quem sabe. Pois bem:
Várias queixas obrigaram o Côro do Getas a fechar portas. A revelação foi feita pela direcção, que desapontada lá foi adiantando que infelizmente é verdade.
Na base da medida tomada, está o facto de os coristas estarem cada vez mais potentes a nível vocal, o que faz da boca dos mesmos verdadeiros megafones. A vizinhança tem apresentado muitas queixas na GNR que já foi medir os decibéis e decidiu autuar a instituição.
Aliás, vários problemas surgiram, quando numa noite mais longa, um dos coristas chamou alguns amigos que circulavam na rua, e devido ao seu vozeirão, acordou toda a vizinhança e fez disparar os alarmes dos carros, accionando também o alarme da Caixa Geral de Depósitos.
Quando há ensaios torna-se impossível dormir um raio de 2Km. O GETAS já foi alertado pelo Instituto de Segurança e Higiene no Trabalho que aquando da próxima vistoria, será multado, caso não estejam a ser cumpridas as normas de segurança, nomeadamente, protecção auricular e capacete, no caso do tecto desabar.
Em declarações alguns vizinhos, dizem que o som emanado pelo Côro, já fez abrir rachas nas paredes lá de casa e que o Côro tinha graça quando cantavam mais baixinho e menos afinado.
A direcção lamenta o facto de isto se estar a passar e vai dizendo que não sabe se tem dotação orçamental para pagar a advogados devido aos inúmeros processos que se avizinham.
Os coristas é que não se conformam e reclamam pois afinal de contas o que se passa é um processo normal de evolução. Já bem basta não poderem falar na rua depois das 10 da noite.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sem complexos

Ele há coisas que dão que pensar, não porque me preocupem, mas porque não as percebo. O tema que me trás aqui hoje, é nada mais nada menos, que a homosexualidade. Cá está, dá que pensar, não me preocupa e não a percebo, porque a maioria das pessoas que conheço não tem o mesmo conceito que eu. Logo, ou eu sou e nunca o soube que era, ou então anda meio mundo enganado com os conceitos do que é ser macho e ser gay.
Vamos por partes. Ser gay, é gostar e ter (se conseguir) relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.
Ora este meu conceito é simples, eficaz e é assim que eu vejo as coisas, e nada mais do que isso: homosexual é a pessoa que tem relações sexuais com parceiros do mesmo sexo. Sei que me estou a repetir, mas tentei criar uma plataforma de partida.
Ora o que eu não percebo são as pequenas coisas que os ditos “machos” fazem, ou não, para classificar de, homo ou hetero, uma pessoa. Assim como não percebo que definição utilizam eles para se distinguirem uns dos outros.
Eu poderia falar de casos em concreto mas vou-me limitar a falar de mim, assumindo desde já que não sou gay, mas também não me incluo no tal grupo de pessoas que se acham “muito machos”.
Não vejo qual é o problema de se cumprimentar um amigo muito próximo com 2 beijinhos na cara ou com um abraço mais prolongado, pois se isto é ser gay para os “muito machos”, aviso desde já que todos já o fizeram, pelo menos com os vossos pais (os meus grandes amigos Ivo e Esfrega que o digam).
Ir à praia e aplicar creme protector para o sol, nas costas de pessoa do mesmo sexo, não é ser gay, é antes aplicar creme protector para o sol, porque sozinhos não conseguimos. Eu sei que os “muito machos” não usam estas mariquices, mas lamento informar que possiveis doenças de pele não é característica dos machos e que na praia ninguém anda a reparar nisso (por certo que o meu amigo Carlos “Botas” me dá razão depois do que passamos: somos, não somos? E a Alemanha perdeu a guerra!).
Dizer a um amigo que gostamos dele ou a uma amiga que gostamos dela, não significa sermos gays para os nossos amigos ou amantes para as nossas amigas (e isto há muita gente que pode confirmar).
Sabermos dançar e termos a tentação de ir para a dança ou para o teatro, porque encontramos lá pessoas bem interessantes, não faz de nós gays (o pessoal do Getas que confirme).
Tomar banho todo nu, com muitos homens, não é ser-se gay ou para lá caminhar, nem muito menos ter essa inclinação (que o digam todos aqueles com que tive o prazer de jogar à bola).
Beber da mesma garrafa de um homem sem limpar o gargalo, além de não apanharmos nenhuma doença, não é gay (que digam todos aqueles com quem bebi copos).
E claro não é nada “muito macho”, estar uma noite inteira encostado ao balcão às bocas às meninas, não se é mais macho por se ser capaz de beber mais minis que os outros, nem muito menos se é um “muito macho”, antes pelo contrário, quando repetidamente se diz a uma pessoa do mesmo sexo: vê lá se te vou ao c...! Ser-se macho é gostar, tentar e, muito importante, ter relações com mulheres, de forma satisfatória, de modo a deixar uma porta aberta a que isso se possa suceder pelo menos uma segunda vez.
É que às vezes, quando falam, fica a impressão que não têm mãos a medir para elas, quando na realidade... todos o sabemos. Apenas uma palavra amiga aos gays: sempre podem explicar aos machos que “ser-se” não é doença, ao contrário da impotência.
E claro como eu costumo dizer, em caso de dúvidas, é uma questão de combinar uma hora e depois logo se vê.
Eu trato assim os meus amigos. Abraços e beijinhos para vocês todos.

P.S.- Só para que conste, ainda hoje estou à espera de reclamações. Em caso de ser preciso reclamar, podem fazê-lo por mail.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Eu quero uma professora destas

Hoje tentarei fazer uma dissertação sobre aquilo que, uma professora no norte disse aos alunos durante uma aula. Sim, essa tal notícia, em que uma aluna gravou a aula sem que a “dita cuja” soubesse. Concentrarei-me em dois dos seus discursos, pois os outros nem vale a pena tentar. Vou então tentar-me divertir um pouco com a história, e no final deixarei, não sei se a sério se a brincar, uma questão que gostava de ver. Então, ora bem:

Quando uma menina disse que a sua mãe tinha o 12 Ano, a professora repondeu que fartou-se de estudar, que tem um mestrado (atenção a este promenor: mestrado), que a mãe desta menina tinha de estudar mais 10 anos e que quando se dirigirem a ela tinham de atratar por Senhora Doutora. Acrescentou ainda que além dos 12 anos na escola, fez mais 4 na faculdade, 2 em estágio, 2 numa pós graduação e um numa especialização.
Pois eu daqui concluo que, atendendo aos teores das conversas que a professora tinha, em vez de se ter fartado de estudar, podia ter aproveitado mais a vida, e quem sabe, ter arranjado um homem que a ..., tendo em conta que também afirmou ter perdido a virgindade, quando nasceu (culpa da mãe) e daí isso possa ser um trauma de infância.
Depois afirmou que tinha um mestrado, que ainda estou para saber em que tipo de mestre é que ela se mestrou, além da menstruação, mas isso todas as mulheres, em princípio têm.
Quanto à conversa de ter que ser tratada por Senhora Doutora, várias são as minhas considerações: demonstrou não ser Senhora (nem com S, nem com s) no máximo será uma vaca (avaliando o estilo da voz) e na melhor das hipóteses, uma “gaja”; depois provou não ser Doutora, pois se só chegou ao mestrado... o que concluo, que o texto que escrevi à tempos, intitulado: “Os Senhores Doutores que me desculpem, se quiserem” , está certíssimo; e ainda, continuo a dizer que devia de arranjar um homem que a...
Por fim, acho que a “gaja” (e ponho entre aspas, pois gosto muito de gajas, mas não destas), quando afirma que a mãe da aluna precisa de mais 10 anos a estudar para ser como ela, prova que além de não saber fazer contas, o que para uma “mestrada” é sinal de burrice, o que faz dela uma vaca-“gaja”-burra, mostra, pelas minhas contas que ela andou um ano a mais na escola do que realmente era preciso, ou então aproveitou para saber o que era o bom da vida. E depois, que tipo de “mestrada” anda tanto tempo a estudar para depois dar aulas numa escola preparatória? Acho que este currículum escolar está muito mal contado.

A segunda análise, prende-se com o facto desta “gaja”, afirmar que: “Não fazia figuras de linguados e coisas do género, ou vocês pensam que eu durmo??? O primeiro beijo que dei assim estava no 12 Ano”.
Cá vou eu outra vez. O que é isso de “figuras de linguado”? E o que serão “coisas do género” de “figuras de linguado”? Não percebo. E depois o que tem o facto de não dormir, a ver com isto? Se só fez isso quando andava no 12 Ano, significa que aqueles miúdos andam pelo menos 5 anos mais avançados que ela. Ora podia aproveitar e pedir a um aluno que tivesse paciência para levar com ela, que lhe ensine como se faz e que lhe explique que essa coisa de “figura de linguado” não é um beijo; logo cá para mim ela nunca fez uma coisa daquelas.

Antes de terminar, gostava de deixar no ar a seguinte pergunta: onde andam agora os sindicatos dos professores, os e-mails contra a Ministra, as manifestações nas ruas, as palavras de ordem contra, a não continuação desta “gaja” na Educação e as greves?

E para terminar mesmo, acho que ela precisa de um homem que a... E tanto que os rapazes da minha turma gostavam de ter tido uma professora destas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

António está desempregado (recebido por e-mail)

Isto foi-me enviado por e-mail, e por certo já foi lido por muitas pessoas. No entanto como o acho de grande valor, decidi publicá-lo tal como me chegou, ou seja, com um pequeno comentário pessoal, no fim, da parte da pessoa que me enviou o referido texto. Ora cá vai:


O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã. Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...
Talvez este mail devesse ser enviado às empresas e aos consumidores portugueses. O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria não sei quantos postos de trabalho.

É claro que não perdi a oportunidade DE COLABORAR (nesta corrente de envio de mensagens), mas com um comentário muito pessoal: O problema é que os outros produzem, não procuram emprego de SAAB; relógio SUÍÇO; sabonete FRANCÊS e sentados em sofás da DINAMARCA...!
ORA PORRA, TRABALHEM!


P.S.- Sei que não tem nada a ver com este texto, mas pela primeira vez na vida, desde que me conheço, gostei, e muito, da canção portuguesa que vai ao festival Eurovisão (sem favores nem sentido patriótico de apoio).

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Engate informático

Escrevi muitos textos e muitos ensaios, para um projecto ao qual estive ligado, Cálice os 4, e que ainda hoje penso que poderia ter dado outros resultados. Mas enfim... não têm nada a ver com isso e também não me quero recordar.
Fui guardando toda a escrita e penso que está, na hora de os ir mostrando a outros, pois têm estado em segredo e são poucos os que os puderam ver. É que na altura, os textos tinham de ficar bem “escondidos”, pelas razões óbvias.
Como exemplo deixo-vos outro texto, que o pano de fundo é um engate entre dois informáticos, que se encontram acidentalmente num ciber-café.
Espero que não levem a mal.


Homem- Olá ! Que versão estás a usar?
Mulher- O Xp ultima versão.
Homem- E como é que ele está?
Mulher- Mais mega, menos giga...
Homem- Deixa-me dizer-te que tens um lindo mouse!
Mulher- Pois... o teu tablatório também não é nada mau.
Homem- Com uma firewall dessas, meu deus! Mostras-me?
Mulher- Se tiveres uma pen à mão até desbloqueio.
Homem- E downloads, fazes ou é tabu?
Mulher- Na boa. Eu saco tudo e gosto de executive files.
Homem- Agradas-me com esse teu www.com.
Mulher- Espera só para me veres em wireless.
Homem- E como é então, posso-te configurar esse painel?
Mulher- Só se for sem password.
Homem- E quanto aos hey-local-keys? Incomodam-te?
Mulher- Só se for a 512... menos não. E desktop?
Homem- Com esses browsers é nas calmas. Vamos formatar?
Mulher- Sim, claro. Estou louca para que me desfragmentes o disco.
Homem- Já experimentas-te em Ctrl+Alt+ Del?
Mulher- Sim, mas o router não estava grande coisa.
Homem- Depois podemos ver dos servidores.
Mulher- Por acaso tens site para se navegar à vontade?
Homem- Sim, claro. Vamos até à minha home page.
Mulher- E se aparecer um hacker?
Homem- Eu deixo o antivírus ligado.
Mulher- E a ligação não corre o risco de cair?
Homem- Se isso acontecer, pegamos na webcam, fazemos um refresh e vamos até um chat.
Mulher- Não era má ideia levar os portáteis, pois não?
Homem- Sim, é melhor. Depois de uma boa formatação sempre podíamos consultar os e-mails.


Não tinha dado um bom sketch?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Viva!!! Até que enfim.

Um tribunal suíço considerou não racista um cartaz de um partido nacionalista que parece satirizar os muçulmanos. E até que enfim que alguém explica aos muçulmanos que “há aqui quem mande”.
Num dia jeitoso para a liberdade de expressão (acho até que devia de ser feriado), o tribunal federal suíço considerou que não havia justificação para um processo jurídico por discriminação racial contra os autores do cartaz, da formação partidária nacionalista UDC, tipo o PNR em Portugal e os quais eu não apoio.
A legenda de «Utilizem as vossas cabeças! Votem na UDC» contrasta com a imagem, na qual incontáveis muçulmanos estão ajoelhados e de cabeça baixa, o que, na foto, faz parecer que a não têm ou que a usam para fins pouco racionais. Eu por mim, concordo e acho que além de verídico, é cómico e satirizante, mas pelos vistos, eles não estão habituados à liberdade de expressão e acham isso discriminatório. Mas afinal de contas quem são os muçulmanos para falarem de discriminação?
Ora pois bem, descriminatório é o facto de nos países de religião muçulmana, as mulheres terem de andar tapadas, por serem consideradas seres inferiores, entre muitos outros exemplos. Que aconteceria a um católico ou a um judeu, se orasse publicamente num desses países? Escuso de responder. Lamento o facto de toda a Europa não agir da mesma maneira, pois se nos países deles mandam eles, na Europa deviam de imperar as leis europeias; e claro está: se estão mal, mudem-se. Eles até são recebidos por "cá"!
O Tribunal Federal (TF) destacou a importância da liberdade de opinião numa sociedade democrática. Para o juiz federal Domínica Favre, que propôs a rejeição do recurso, o cartaz controverso não viola o artigo 261-A do Código penal: «Ainda que mostre uma falta de abertura e de tolerância, não rebaixa os muçulmanos», afirmou o magistrado. «A liberdade de expressão recomenda que não se admita demasiado facilmente, no debate político, a existência de uma redução ou de uma discriminação. A crítica deve ser admitida. Deve ser possível numa democracia, ainda que vise grupos específicos», acrescentou o juiz federal.
Relato também um caso a que assiti, onde a mãe disse para a filha: “Mete o lenço na cabeça que a paragem (do autocarro) é já a seguir e não vá o teu pai ver-te assim.” Lamento a falta de liberdade dessa Senhora, mas de facto se existe algo realmente discriminatório, de certo que não são as leis europeias.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Coisas que fazem diferença

Nunca tive muito jeito, nem me entendi muito bem com aquelas velha história, bem à portuguesa, de que a vida vai mal e que tudo vai mal, as coisas são uma desgraça e que o futuro é negro. Com um pouco de sorte é daí que vem o fado, que tem como grande tema de fundo coisas “desgraçadas”, mas também nunca ninguém me disse que a vida é fácil. Na pior das opções, a vida é como um mar de rosas, bonito quando se olha só para as pétalas, mas não nos podemos esquecer que existemos espinhos.
Lembro-me bem que quando se fala com o pessoal, todos começam por dizer que a coisa vai mal, isto não está fácil, a crise está para durar, etc... mas ao fim de umas quantas minis começamos a reparar que afinal continuam a fazer mais ou menos o mesmo estilo de vida como se nada fosse.
Todos sabemos que a crise está aí e em força, mas também deviamos todos de saber que contra isso batatas, e o que deviamos de fazer era apertar mesmo o cinto e tentar, só por uma pequena vez, largar o nosso péssimismo. Não seria fácil, mas também não tinhamos muito a perder.
Agora que vou habitando por um país estrangeiro, natural são as comparações que vou fazendo com o meu país natal. Também aqui existe crise, pois para quem não sabe, esta coisa é mesmo global, mas a postura em relação ao que vou vendo e vivendo, torna-se completamente diferente. Não sou dos que dizem que no estrangeiro é que é bom e não tenho por hábito denegrir a imagem do meu país e compará-lo escusadamente com exemplos de países com outra cultura e outra dimensão mundial. É escusado, pois todos os países são bons, assim sejam bem geridos e bem explorados pelos seus governantes.
Agora há coisas que vou vendo por aqui que realmente, penso eu, marcam a sua diferença, e que de certa forma gostava que também fossem aplicádas na minha pátria. São aquelas coisas que comparadas com as notícias que vão chegando de Portugal, de certa forma deixam uma amargura na boca, não de terem acontecido, mas de não se aplicarem também em solo pátrio.
Como vou tentando relatar as minhas experiências , deixo-vos com mais um caso que se passou por aqui, e gostava de deixar à vossa consideração, a comparação com o que se passa “nesse” lado.
Uma deputada do cantão de Neuchâtel, depois de mais um desacato provocado pela própria, num bar nocturno (isto pela terceira vez este ano), onde decidiu partir uns copos, ofender os porteiros e tecer ameaças a outras tantas pessoas, entre as quais os polícias que foram chamados ao local, refugiando-se sempre na sua condição de pessoa eleita pelo povo, ameaçando “mexer os cordelinhos” para lhes desgraçar a vida, foi dois dias depois e provavelmente sem que a ressaca lhe tenha passado, excluída do cargo para o qual tinha sido eleita, por conduta imprópria e indigna para com os cidadãos que pagam os seus impostos.
Assim, sem grandes circos mediáticos, é aqui que mais admirado fico, não recorreu da sua sentença, escusando-se apenas a um pedido de desculpa pública, sabendo que nunca mais exercerá nenhuma função no estado helvético.
Não querendo fazer a (in)devida comparação com terras lusas, pois não contem com o meu patriotismo para isso, apenas gostava de acrescentar que concordo com o desfecho deste caso, e tenho pena de não poder ver mais vezes esta notícia.
Vocês que façam as comparações necessárias, se assim o entenderem. Eu já fiz as minhas considerações.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Realmente quando abrem a boca...

Isto chegou-me por mail, e penso que serve para desmistificar, em muito, o que realmente elas são. Depois de lerem com atenção o que elas afirmaram, digam-me se seriam capazes de dizer aos amigos: “Eu ando com ela!”. Eu teria vergonha que alguém soubesse, embora sejam “boas como o milho”.

Palmela Anderson: “Há muita gente inculta, que acredita que o que prujudica o nosso ambiente é a contaminação e não sabem que o que na verdade prejudica são as impurezas que há no ar e na água.” (Quem diria, heim?).

Claudia Schiffer: (sobre Naomi Campbell): “Essa vadia sem vergonha merece ser morta a coices de burro... e eu sou a pessoa mais indicada para o fazer.” (Perfeitamente de acordo).

Brooke Shields: “Fumar mata e se morreres perdes uma parte muito importante da tua vida.” (Só não percebi qual é essa parte).

Miss Alabama 2004, porque desta nem do nome se lembram, em resposta a se aceitaria viver para sempre: “Eu não viveria para sempre, porque não deveriamos viver para sempre, porque se achamos que deviamos viver para sempre, então viveriamos para sempre, mas como não podemos viver para sempre, que é o meu caso, pois então é isso mesmo, eu cá não viveria para sempre, compreende?” (Na perfeição, ou não fosse ela uma candidata a Miss).

Mariah Carey: “Sempre que vejo televisão e vejo essas pobres criancinhas famintas em todo o mundo, não posso evitar de chorar, embora as criancinhas em África me façam muita inveja... Digo isto porque adoraria ser assim magrinha, mas não com aquelas moscas todas e essa morte e tal...” (Esta só tem de fazer esse sacrifício para poder ser magra. As criancinhas aceitariam trocar).

Natalia Paris, em resposta a que tipo de música mais gosta: “Para mim, de longe, a música que mais gosto é a música de cd”. (Qual será então a que detesta?).

Shakira, em resposta a que destino que mais gosta de viajar: “Para Roma, sem dúvida, porque é a terra onde nasceu Jesus Cristo e isso sente-se no ambiente que se vive ali, sabe?” (Por acaso não sabia, mas desconfiava).

Carmen Electra: “Hoje em dia estou muito ligada à física quântica. Alguns dos meus amigos também e outros não, e tentamos que se emocionem ao descobrir estas coisas sobre os pensamentos e o poder da mente e tudo... dá-me calafrios só de pensar nisso, mas é divertido.” (Esta pensa que fornicar é um stand de automóveis).

Naomi Campbell: “Adoro a Inglaterra e especialmente a sua comida, porque não há nada que eu mais aprecie do que um bom prato de massa.” (O que dirá ela das pizzas da Islândia ou da lasanha do Burundi?).

Paris Hilton, em reposta a se acredita que todas as mulheres bonitas são tontas: “Não, também há muita tonta que é feia”. (Esta é mesmo de categoria, não é?).

Jennifer Lopez, ao ser detida em 2000: “Para que conste, eu não cometi qualquer delito, e o máximo que fiz, se tanto, e já exagerando muito, foi não cumprir a lei.” (Esta não necessita de dizer mais nada em tribunal).

Agora digam-me lá se tinham coragem de apresentarem uma namorada destas aos amigos?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O dia da estreia

A noite de estreia é sempre a noite de estreia. É a noite, ou a vez, que todos os nervos dão sinal de vida. Tudo, naquelas 2 horas que antecede o começo de uma peça de teatro, abana. Apercebemo-nos realmente o que é “não nos caber uma palhinha”. Saber que em breve vamos estar na presença de 200 pessoas a representar, torna-se uma necessidade. É aflitiva a espera e não há música que nos acalme, nem há experiência que nos valha.
Chegamos ao local e só nos apercebemos que estamos nervosos, quando após pedirmos café nos esquecemos de o beber. Pequenas conversas com alguns espectadores, que já lá se encontram para tirarem os melhores lugares, fazem-nos esquecer por 2 minutos que estamos aflitos e que agora não hà volta a dar.
Vamos para os camarins e começamos a preparar a roupa, que mesmo depois de estar toda pronta, sempre a verificamos pela milésima vez. Há sempre a sensação de nos termos esquecido de algo.
Enquanto nos vestimos, vamos falando, vamos ouvindo e recapitulando com os outros tudo para não nos esquecermos de promenores importantes e depois, já só com os nossos botões, “vê-mos” o nosso papel. Falamos sozinhos, mexemos nas mãos, não temos sítio para as meter, nem dá para esconder a irritação de não nos conseguir-mos concentrar, sem sermos assaltados pelos nervos, que teimosamente não desistem de dar sinal de vida.
Temos vontade de ir à casa de banho, mas chegados lá, afinal não temos vontade nenhuma. Os cigarros não ajudam e tornam a espera insuportável. Será que vou ser capaz de fazer? E se me enganar? E se os outros se enganarem? E se... reparamos então que não fumámos o cigarro e ele já se consumiu todo em cinza. Ouvimos música mas se perguntarem o que estamos a ouvir, não sabemos responder, porque não é aí que a nossa cabeça está.
E as mãos abanam. Os pensamentos não param e por mais optimista que sejamos, algo nos diz que vai correr mal. Queremos que estejam presentes todos os amigos e pessoas de quem mais gostamos. Mas a cabeça está num perfeito turbilhão. E as mãos abanam.
É agora chegada a hora de ir até às mãos da Sãozinha. Para mim, o único momento de alívio. Mas para ajudar, entra a Nélita e confirma: “A sala já está cheia!”. Repiramos fundo e não conseguimos. A garganta seca, nem com uma mini, que abundam sempre por ali, fica molhada e quando a Sãozinha nos despacha e nos deseja “muita merda”, entramos finalmente em transe. Já não vemos os sorrisos forçados, nem as conversas esforçadamente alegres, que tentamos ter, não por mal mas por nervos e o desejo que comece depressa torna-se insuportável. E as mãos abanam.
“Faltam 10 minutos, muita merda”, diz o Pedro que está ainda pior que todos os actores, antes de ir para o seu sítio. Desta vez não o vamos ver de perna alçada no balcão da sala, perto da entrada principal, aliás não vamos ver ninguém do público. Vamos até ao palco, rever em 30 segundos toda a peça. Caí o silêncio nos bastidores, levantam-se ainda mais os nervos e começa-se a ouvir o agitar do público na sala, como se estivessem a 2 metros de nós. Vemos a Nélita pela ultima vez e diz-nos que vai começar e claro deseja-nos “muita merda”. E as mãos abanam.
5 minutos, 2 minutos, 30 segundos, o pano abre. Inquietude, ânsia de lá ir para dentro, a coisa vai bem, o público está a gostar. Chega a nossa vez e ... concluimos que estivemos pouco tempo em palco, pelo menos para aquilo que queriamos de lá ter estado e por todo o nervosismo que acumulá-mos.
Somos invadidos por um bem estar e pela sensação de ter feito aquilo mais de mil vezes, mas afinal aquela foi a nossa estreia.
Nervos? Eu? Nem por isso! É mentira. Todos ficam nervosos mesmo depois de terem feito muitas estreias.
Aplausos, caras felizes, o Pedro não cabe em sítio de contente e já somos capazes de voltar ao nosso normal bem estar, aquele que tinhamos antes de sair de casa, a caminho da estreia.
Tiramos a roupa e vamos até ao bar, ouvir as críticas e os espectadores felicitam-nos. É bom saber que gostaram e foi bom ouvir que: “És o gay mais bonito que já vi!”, vindo de uma amiga.
Resumindo, estes nervos são bons de ter. Estas esperas e estas situações antes das estreias são grandes e depois de tomadas a gosto, ansiamos que aconteçam muitas vezes.
Por mim, o melhor do treatro são estas situações. Melhor que os aplausos, que as críticas que o sucesso. Na minha opinião todas as peças deviam de ser vividas como vivi a minha estreia.
Como diria Gil Vicente: “Esperai, ora e vereis”.

domingo, 5 de abril de 2009

A Severa e o fado- Histórias do caraças!

Escrevi isto na altura em que a peça "A Severa e o fado" estava em exibição no atrium do Getas. Foi representada às Sextas e Sábados, num total de 18 espectáculos seguidos. Posso garantir que as histórias que a seguir vão ler são verdadeiras, todas elas, embora algumas estejam exageradas. Posso também garantir que o ambiente nos bastidores era do melhor e que aí, nos bastidores, havia sempre outra peça a decorrer, intitulada: "O que é que vai acontecer hoje?".
São muitas as memórias dessa peça, mas quero dedicar este texto a todos os que participaram e a todos os que vão perceber que histórias estou para aqui agora a contar. Pois bem:

Era sexta-feira e a hora aproximava-se. O público estava ansioso e a noite prometia. O atrium do GETAS voltava a viver outra grande noite. Como não aguentaram a pressão de fazer pela primeira vez uma peça, o Esfrega e o André mijaram-se pelas pernas abaixo, mais o Daniel, para não se ficar a rir.
O Pedro, esse estava nervoso. Queixava-se do vinho nunca mais chegar e temia que o Júlito não tivesse tempo de se engrossar, pois ele queria realismo.
Descendo a escada todos elogiaram a Florinda, dizendo que a maquilhagem do olho negro estava perfeita, ao que ela contrapôs, dizendo que ao não ter tempo para a maquilhar a São lhe tida dado mesmo um murro. Com o Pato ficaram preocupados pois ele trazia uma cicatriz na cara, ao que ele respondeu para terem calma porque a São tinha feito um bom serviço.
Depois de afiarem as unhas num torno mecânico portátil, os fadistas emprestaram a máquina ao Pato para ele afiar a navalha, para depois limpar as unhas.
O Pedro que já tinha tomado meia caixa de Prozac, só acalmou quando viu o Júlito chegar, mas como ele usa bigode na peça, confundiram-no com o pai, o que se tornou difícil de saber quem era quem. Lá o descobriram e sem perca de tempo meteu a boca no garrafão. Tentou não demorar muito, pois o Sirgado, já estava a dizer que tinha de ir ver o Benfica.
Ouvem-se as pancadas de Moliere e abre o pano. A Júlia que já tinha bebido meia garrafa de Porto para afinar a garganta, começou a cantar. Os diálogos começaram bem, mas numa fala mais longa do André, o Júlito deixou-se dormir ao balcão. O Pedro de nervoso que estava teve um desmaio, e o Fernando começa a marcar mais alto ao passo que o Mário puxa da costela do Carlos Paredes que lhe nasceu na dedo, para sacar um dedelhado na guitarra, mas nem assim o Júlito acorda. Entra o Esfrega, começa a falar mas para a meio. Senta-se e pede um copo de vinho pois não sabe o que há-de fazer. Disfarçadamente o Águas assobia-lha ao ouvido, este acorda, mas surpresa de todos os actores, ele salta 5 actos. Desorientados os fadistas começam a tocar um novo fado, entrando de seguida a Júlia a soluçar sem conseguir cantar, pois já tinha bebido uma garrafa de vinho do Porto.
Chateado o Sirgado foi para o Vital ver o Benfica.
O Fernando para de tocar e diz ao Mário que a música é em lá menor, ao que o Mário responde que sabia mas que ía tocar em ré menor, discutindo de seguida quais os acordes mais certos.
Já chateado com a situção, o Manuel entrou para tentar acalmar a situação distribuindo umas bengaladas. Nos bastidores a Florinda e a Margarida tentaram animar o Pedro, que está arrasado de todo. A Rosa temendo o pior entra em cena e dirige-se ao público para pedir que alguém chame a GNR. O André e o Luís de nervosos que estavam já bebiam os copos de vinho de penalti.
Para acalmar de vez a situação, o Esfrega retira o Júlito em braços, não sem antes se insurgir e dizer que todos eles são uma cambada de chulos. Estas palavras foram mal interpretadas pelo Águas porque pensava que estava a dizer que o vinho dele era vinagre. Pegou-se com o Pato, entra Luís, o André e o Manuel, os fadistas, enfim todos, numa cena de pugilato verídico no esquema de todos ao molho e fé em deus. O público está estupefacto e o Pedro tem um novo desmaio.
A Rosa abana o leque para ver se o Pedro recupera, enquanto a Florinda de joelhos no chão, reza, e a Margarida vai buscar um copo de leite para lhe dar.
Para acabar com toda aquela confusão, o Luís decide fechar o pano. A peça estava completamente arruinada. E é aí que o Pedro se encheu de coragem, mandou abrir o pano e seguido pelos actores, com excepção do Sirgado que estava a ver o Benfica, do Júlito que dormia nas escadas, do Daniel que além de se ter esquecido de ligar algumas luzes ainda não tinha largado as minis e da São que faz questão de não ir ao palco, foram enfrentar o público. Entre olhos negros, fatos rasgados e cenário partido, todos em comum tinham a cabeça baixa em sinal de vergonha.
Mas para surpresa destes, e sem que houvesse serviço prévio, todo o público se levantou e euforicamente aplaudiu pedindo “bis” e repetindo “bravo”. Era a loucura. Todos os espectadores se dirigiram à bilheteria para comprarem novo ingresso, pois estavam dispostos a rever, o que dizem ser, a peça mais real de sempre.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Os outros portugueses: os "tugas"

Ou não sabem o que são ou gostam de ser ofendidos, e aqui mora o problema. Alguém explique aos portugueses, que eles são PORTUGUESES, e não são “tugas”. Quer dizer, se gostarem que um nome prejurativo os apelide, por mim, tudo bem, mas não me metam no mesmo saco.
Para os menos informados, ou interessados, “tuga” deriva de “portuga”, diminuitivo utilizado de forma ofensiva pelos brasileiros, quando se referem aos portugueses. Mas como é giro, vem com sotaque e de forma ignorante, vocês adoram. E como se não bastasse, ainda o utilizam de forma carinhosa para nos designar-mos. Eu não gosto, mas pelos vistos, há quem não faça caso. Ora quando um auto-desigando “tuga”, se chateia ou se ofende quando o tratam por outro nome, menos próprio (não preciso de exemplificar), por que motivo não se chateia também quando o tratam por “tuga”.
Imaginam o que seria os brasileiros intitularem-se “brazucas”, os franceses de “avecs”, os espanhóis de “miúras” ou os alemães de “boches”? Pois não conseguem imaginar tamanha façanha, pelos simples motivo de eles, terem um pouco de brio da sua nacionalidade. Mas vocês, os “tugas” (eu não, que sou PORTUGUÊS), além de fazerem questão de se continuarem a denegrir, tentam e até conseguem, passar uma imagem desprestigiante do país, em território nacional, assim como no estrangeiro.
É vergonhoso e rídiculo que se continue e designar as selecções nacionais de “tugas”. É de uma ignorância tremenda a falta de auto-estima e acima de tudo, o fazer passar uma imagem desprestigiante no estrangeiro.
Gostava de deixar à consideração e aproveitando o novo acordo ortográfico (outra vergonha a que mais tarde darei a minha opinião), de se criar duas nacionalidades em Portugal: a portuguesa e a portuga. A primeira para quem seja de valores decentes, cíveis e patrióticos; a segunda, para todos os outros anormais, que não tenham pena de serem vistos como burros.
Luto na esperança de ver um mundo sem “tugas”. Anseio pelo dia que todos se intitulem PORTUGUESES e que mesmo a contra-gosto, todos assim se possam tratar, livres de anglicanismos, francesismos, brasileirices e outras mariquices do género.

segunda-feira, 30 de março de 2009

80 anos mais? Porra!

Tentaram-me vender uma t-shirt, dessas muito famosoas com a cara do Ché Guevara (que se parece muito com o Cantiflas). Claro que faziam parte de um grupo anti-G8, e estavam ali a apregoar pela liberdade de ideias e de opinião, em todo o mundo.
Eu fiquei um pouco sem saber o que fazer, mas sabia bem em que devia pensar. Perguntei ao ilustre seboso: porque não uma do Estaline, ou Kim Il-Sung ou do Hittler? Eles não fizeram o mesmo que os libertadores Fidel e Ché? Não respondeu ele. Esses oprimiram o povo e não lhes deram os devidos direitos humanos e liberdade de expressão!
Fiquei sem saber o que haveria de dizer, porque não valia a pena argumentar-me.
Na mesma forma, fico sem saber o que dizer quando vejo pessoas publicitarem os ditadores. Pessoas essas, que até são bem informadas e dizem terem sidos lutadoras da liberdade de expressão. Mas enfim, tudo o que posso acrescentar a tais “liberais”, é o simples lamento de continuarem a proclamar os ditadores. A diferença entre “Hittleres” e “Fideis/Chés”, “Estalines” e “Salazares”, é o simples facto de dizerem as coisas de maneira diferente. Os resultados no livre pensamento e liberdade de expressão, não foram os mesmos? Não assasinaram? Não tiveram os mesmos campos de concentração?
Há dias encontrei um livro numa feira de rua, que me chamou a atenção. Intitula-se “Memórias de prisão”, de Armando Valladares, e relata a história vivida por este, durante os 22 anos que esteve preso por ter uma concepção política diferente do regime de Fidel de Castro. Deixo-vos aqui, a tradução da primeira página desse livro.

“Este livro é um testemunho de 22 anos passados nas prisões políticas de Cuba, unicamente por ter manifestado concepções políticas diferentes do regime de Fidel de Castro.
No meu país há qualquer coisa, que os defendores mais ferverosos da revolução cubana não poderam negar: é o facto de uma ditadura existir há mais de um quarto de século. Ora um ditador não se pode manter no poder durante tanto tempo sem violar os Direitos do Homem, sem percursões, sem detidos políticos e sem prisões.
Neste momento, existem em Cuba mais de 200 estabelecimentos penitenciários, prisões de alta segurança e campos de concentração, ao que eles lá chamam de “celeiros” e de “frentes abertas”, onde os prisioneiros são condenados a trabalhos forçados.
Em cada uma destas 200 prisões, passaram-se e passam-se muitas coisas para escrever numerosos livros. Assim, este testemunho é apenas um esquisso daquela terrível realidade.
Um dia virá, onde se contarão as suas histórias nos seus detalhes, e a humanidade será tocada pelo horror, como foi nas descobertas dos crimes do Estaline.
A Amnistia Internacional, nas suas ultimas informações publicas, denunciou a execução de dezenas de prisioneiros políticos, os golpes e os maus tratos a que submeteram todos os que estavam encarcerados. Quando ela perguntou aos governadores cubado pela supressão da pena de morte, o vice-presidente actual de Cuba, antigo ministro do anterior ditador Batista, Carlos Rafael Rodruiguez, retorquiu que em Cuba, a pena de morte era indispensável. Foi também ele, que durante uma entrevista pública para o Diário 16, a 16 de Outubro de 1983, quando um jornalista lhe perguntou se existiam em Cuba, grupos que reclamavam a liberdade e o respito pelos Direitos do Homem, respondeu que havia, algumas, e que tinham também pessoas com esquisitas ideias de liberdade e de Direitos do Homem, mas eram considerados pessoas ridículas.”

Dedico este pequeno excerto do livro, a todos os que proclamam Fidel e Ché, nas t-shirts, no pensamento e na liberdade (não esquecendo o ilustre seboso anti-G8).

quinta-feira, 26 de março de 2009

Sempre as tretas do futebol

Vou seguindo sempre que posso as notícias que chegam de Portugal. Mas nos últimos dias, com as tretas do futebol, dos penaltis e dos árbitros, começaram a ser relegadas para segundo plano todas as outras notícias, o que para além de ser de muito mau gosto, deixa uma imagem má do país.
Claro que até, pelo menos, à próxima segunda-feira o futebol, ou melhor, as patetices do único desporto relevante para 80% dos portugueses, vão ter lugar de destaque nas televisões e depois, com a selecção a jogar no fim de semana, esqueçam, porque não vai haver informações, pelo menos aqui fora. Então se a selecção perder temos pelo menos até quarta-feira mais um folhetim, isto como se a selecção nacional de futebol fosse o representante da pátria no mundo (que não é) e como se fosse o fim do mundo não participar-mos na fase final do Campeonato Mundial de 2010.
Nos dias de hoje, pelo menos por aqui, quando queremos saber notícias ou informações de Portugal, quase que temos de fazer uma pesquisa na internet, porque de outro modo é difícil. Com isto tudo, Portugal ficou sem problemas de professores, de desemprego, de Freeports, ninguém mais se queixou do Sócrates... para que fosse remetido a um árbitro os problemas de um país andar mal, porque ele marcou um penalti que não era.
Aliás, acho isso tão caricato que teve direito a que a RTP (no estrangeiro RTPi ), que pensava eu ser um bom orgão de jornalismo e seriedade, fizesse um Prós e Contras a falar de futebol.
Mas o interessante, é que em Portugal o futebol é pouco relevante, pois a malta gosta é do mediatismo que o futebol pode atrair, dos 3 grandes, dos jornais despostivos, do fomos roubados, etc. Porque se estivessem interessados em futebol, rapidamente se sentiriam no mínimo envergonhados em saber o que aconteceu, por exemplo, à equipa de juniores da Naval 1° de Maio, por ter-se atrasado 2 minutos para a entrada em campo. Ora leiam:

“A Naval 1º de Maio está indignada com o castigo que foi aplicado à equipa de juniores: dois anos de suspensão. Esta foi a decisão mais pesada do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito de um caso referente ao jogo com o Rio Maior.
A equipa da Figueira da Foz atrasou-se a comparecer junto da equipa de arbitragem, e a vitória por 8-1, e consequente apuramento para a segunda fase, foi «substituída» por uma derrota por 3-0, desclassificação do campeonato, descida aos distritais e dois anos de suspensão daquele escalão.
O atraso de dois minutos da formação navalista deve-se ao facto da equipa ter estado a visionar um vídeo antes do início do jogo, onde estavam inseridas mensagens de incentivo e motivação dos seus pais. Os jogadores surgiram junto da equipa de arbitragem às 14h59, e não às 14h57, como está previsto. O jogo acabou por ter início às 15h10, e aí neste aspecto que se baseia o recurso da Naval.”

Ora deixo aqui a sugestão somente aos interessados do dito futebol de cafés, de compararem o tal penalti e eventual problemas que isso cria na nação com o que aconteceu a uma equipe de juniores que se atrasou 2 minutos.
Aos outros, os que gostavam de poder ver notícias, deixo o apelo esperançoso de que um dia as notícias voltem ao (a)normal.

sábado, 21 de março de 2009

Os erros do Magalhães

O que me traz aqui hoje é o fantástico Magalhães. Isto porque o Magalhães, não presta, não interessa e como tal não se torna importante na educação, dado quando as crianças ainda não sabem ler nem escrever. Mas como é um computador , a maioria do pessoal está de acordo, mas o que eu gostava de ver era as associações de pais entrarem em protesto contra o Magalhães, os professores desfilarem a favor de um ensino de qualidade sem Magalhães (para os mais pequenos), os sindicatos a promoverem a exclusão do Magalhães,em idades tenras e os pais a queixarem-se que os filhos estão a vir mais ignorantes da escola, pois primeiro deviam de saber o essencial para depois mexerem num computador .
Creio que talvez os pais se apercebam que o dinheiro gasto num computador para os filhos jogarem, talvez fosse mais bem empregue no dia em que esses filhos precisem de óculos, ou de material que não podem comprar para escola, ou de equipamento para fazer desporto, etc...
Isto falando da questão do dinheiro gasto, porque falando dos erros do Magalhães e do que ele não contribui no ensino, deixo aqui uma lista dos mesmos. Se não os encontrar ou não percebe-los, então em breve terá também direito a um.

EM QUALQUER "MAGALHÃES" PERTO DE SI:

* "Cada automóvel só pode mover horizontalmente ou verticalmente. Tu deves
ganhar espaço para permitir ao carro vermelho de sair pelo portão à
direita."
* "O Tux escondeu algumas coisas.. Encontra-las na boa ordem."
* "Carrega nos elementos até pensares que encontras-te a boa resposta. (...)
Nos níveis mais baixos, o Tux indica-te onde encontras-te uma boa cor
marcando o elemento com um ponto preto. Podes utilizar o botão
direito do rato para mudar as cores no sentido contrario."
* "Dirije o guindaste e copía o modelo."
* "Abaixo da grua, vai achar quatro setas que te permitem de mexer os
elementos."
* "O objectivo do quebra-cabeças é de entrar cifres entre 1 e 9 em cada
quadrado da grelha, frequentemente grelhas de 9x9 que contéem grelhas de 3x3
(chamadas 'zonas'), começando com alguns números já metidos (os 'dados').
Cada linha, coluna, e zona só pode ter uma vez um símbolo ou cifre igual."
(nota: instruções para o jogo sudoku)
* "Carrega em qualquer elemento que tem uma zona livre ao lado dele. Ele vai
ir para ela."
* "Enfia a bola no buraco preto á direita."
* "Com o teclado, escreve o número de pontos que vês nos dados que caêm."
* "O objectivo do jogo é de capturar
*”Ao princípio do jogo 4 sementes são metidas em cada casa. O jogadores movem
as sementes por vês. A cada torno, um jogador escolhe uma das 6 casas que
controla. (...) Se a última semente também fês um total de 2
ou 3 numa casa do adversário, as sementes também são capturadas, e assim de
seguida. No entanto, se um movimento permite de capturar todas as sementes
do adversário, a captura é anulada (...). Este interdito é ligado a uma
ideia mais geral, os jogadores devem sempre permitir ao adversário de
continuar a jogar."
* "Aceder ás actividades de descoberta."
* "Pega as imagens na esquerda e mete-las nos pontos vermelhos."
* "Carrega e puxa os elementos para organizar a historia."
(nota: "historia" é repetidamente escrito sem acento)
* "Saber contar básicamente."
* "Move os elementos da esquerda para o bom sitio na tabela de entrada
dupla."
* "Puxa e Larga as peças no bom sitio."
(nota: "sitio" nunca é escrito com acento)
* "Com o teclado, escreve o número de pontos que vês nos dados que caêm."
* "Primeiro, organiza bem os elementos para poder contar-los (...)."
* "Carrega no chapéu para o abrires ou fechares. Debaixo do chapéu, quantas
estrelas consegues ver a moverem? Conta attentamente. Carrega na zona em
baixo à direita para meter a tua resposta."
* "Treina a subtracção com um jogo giro. Saber mover o rato, ler números e
subtrair-los até 10 para o primeiro nível."
* "Quando acabas-te, carrega no botão OK ou na tecla Entrada."
* "Conta quantos elementos estão debaixo do chapéu mágico depois que alguns
tenham saído."
* "Olha para o mágico, ele indica quantas estrelas estão debaixo do seu
chapéu mágico. Depois, carrega no chapéu para o abrir. Algumas estrelas
fogem. Carrega outra vês no chapéu para o fechares. Deves contar quantas
ainda estão debaixo do chapéu."

* "Lê as instruções que te dão a zona em que está o número a adivinhar.
Escreve o número na caixa azul em cima. Tux diz-te se o número é maior ou
mais pequeno. Escreve então outro número. A distância entre o Tux e a saída
à direita representa quanto longe estás do bom número. Se o Tux estiver
acima ou abaixo da saída, quer
dizer que o teu número é superior ou inferior ao bom número."
* "Tens a certeza que queres saír?"
* "Aprende a escrever texto num processador. Este processador é especial em
que obriga o uso de estilos (...)"
* "Neste processador podes escrever o texto que quiseres, gravar-lo e
continuar-lo mais tarde. Podes estilizar o teu texto utilizando os botões à
esquerda. Os quatro primeiros permitem a escolha do estilo da linha em que
está o cursor. Os 2 outros com múltiplas escolhas permitem de escolher tipos
de documentos e temas coloridos
pré-definidos."
* "Envia a bola nas redes"
* "É preciso saber manipular e carregar nos botões do rato fácilmente."* "O objectivo é só de descobrir como se podem criar desenhos bonitos com
formas básicas (...)."
* "O objectivo é de fabricar um forma dada com sete peças."
* "Quando o tangram for dito frequentemente ser antigo, sua existência foi
somente verificada em 1800."
(nota: explicação do tangram, um quebra-cabeças tradicional chinês)
* "Mexe as peças puxando-las. Carrega o botão direito nelas para as virar.
Selecciona uma peça e roda à volta dela para a rodar. Quando a peça pedida
estiver feita, o computador vai reconhecer-la (...)."
* "Reproduz na zona vazia a mesma torre que a que está na direita."
* "Reproduzir a torre na direita no espaço vazio na esquerda."
* "Puxa e Larga uma peça por vês, de uma pilha a outra, para reproduzir a
torre na direita no espaço vazio na esquerda."
* "Move a pilha inteira para o bico direito, um disco de cada vês."(nota: as
quatro últimas frases são as instruções dos jogos "Torres de Hanoi" e Torres
de Hanoi simplificadas" - "Hanoi" sem acento no "o")
* "Torno dos brancos"
(nota: a vez de jogar das peças brancas num jogo de xadrez)
* "Joga o joga de estratégia Oware contra o Tux.