quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tempo de férias

Não esperei estar tanto tempo sem nada escrever, mas qualquer dia vou ter de voltar a publicar alguma coisa. Entrei e tenho estado de férias, forçosamente, mas não abandonei o espaço. Em breve, haverá mais.
Até já.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coisa que não sabia

Há coisas que eu não sabia e que, por consequência fiquei a saber. Já tinha pensado em algumas mas nunca as tinha levado muito a sério. Outras desconhecia por completo, mas descobri a tempo.
Começando pelo que desconhecia por completo, fiquei a saber que uma lata de “Fanta”, daquelas de 33cl, contêm uns espectaculares 5% de sumo. E não é que aquilo sabe bem! Vendo melhor a situação, quer dizer então, que a quantidade de alumínio que faz a lata do sumo, é muito maior que a quantidade de verdadeiro sumo que aquilo possa conter. Não deixa, mesmo assim de ser fantástico, que a informação escrita na lata a avisar do teor de sumo, está feito com letras que realçam um destaque especial: quer porque a lei obriga a que aquilo seja assim, quer porque, de facto é um teor máximo nunca visto, ou então, é para que ninguém diga, que não foram avisados que não estão propriamente a beber sumo.
Outra coisa que não sabia, é que Portugal é uma nação que gosta mais de futebol, do que propriamente o sabe jogar. Pensava que éramos mesmo bons, mas estava enganado. Mesmo sabendo que não gosto de ver malta estrangeira e mandar em Portugal, tenho de reconhecer que isto em Portugal, só funciona como com os imigrantes: na pátria são maus obreiros, mas no estrangeiro a mando de alguém de “lá” são do melhor. Também não sabia que o Queiróz é um calhau com 3 olhos (pensava que era só com 2).
Falando agora do que já sabia mas que nunca tinha ligado muito, é que Portugal não é um país de praticantes de ténis, mas sim de corredores de atletismo, enquanto se joga uma coisa qualquer esquisita com uma raquete na mão. Mas mesmo assim temos essa mania de fazer campos de ténis nas moradias ou em jardins; e pior é que há quem tenha a mania de ir para lá jogar. Se repararem bem, de 5 em 5 bolas (mal) jogadas, lá vão os jogadores fazer a corrida de as apanhar. Contas bem feitas, é mais o tempo que o pessoal passa a fazer de próprio apanha bolas, do que a dar pancadas nas bolas. É caso para reflectir e pensar que se calhar isso do ténis tem tanto sucesso em Portugal, como o biatlo. Seria bem mais justo e bem mais engraçado se o pessoal se juntasse ao Sábado à tarde e fosse jogar, por exemplo, aos 3000 metros barreiras ou mesmo se desse para fazer equipes, à estafeta 4x400 metros. È que estariam a praticar o verdadeiro desporto, em vez de pensar que andam a jogar ténis e faziam-no de uma forma muito melhor, do que aquela com que dão pancadas nas bolas.
Outra coisa que eu não sabia e que apareceu assim, quase sem querer e sem crer, é que o pessoal que mora nas “Olarias”, vai ficar, ou melhor, alguns vão ficar sem casa. É que pelos vistos vão alargar a via, e se de lá não tirarem as casas, não estou a ver como se pode concretizar tal façanha.
Para finalizar estas minhas coisas que não sabia ou que nunca tinha pensado muito nelas, aqui há tempos um amigo, depois de uma conversa sempre bem animada contextualmente, alertou-me para o facto de sentir saudades das Semanas Culturais. Ao princípio não me apercebi bem do que vinha contido na observação. Mas lá me foi explicado, que agora chamam-se Festas do Concelho. Nunca tinha pensado nisso. Sim, tenho de concordar e tenho de me sentir também com saudades, mas é o que temos. Paciência.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Como contornar a lei com a mesma e sem vuvuzelas

Como deve de ser do conheimento geral, existe um Decreto-Lei que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas, a menores de 16 anos. Esse mesmo Decreto- Lei, devia de ser rectificado, na minha opinião, pois a maneira como vem escrito, deixa em aberto, algumas coisas que devidamente exploradas, anulam por completo a própria legislação.
Eu por mim, estou à vontade, isto pelo menos até ao dia em alguém se lembre de encenar a situação, que a seguir irei descrever.
Ora vejamos, o que nos diz o ponto 1, do artigo 2º, do referido Decreto-Lei:

Artigo 2.º
Restrições à venda e ao consumo de bebidas alcoólicas
1 - É proibido vender ou, com objectivos comerciais, colocar à disposição bebidas alcoólicas em locais públicos e em locais abertos ao público:
a) A menores de 16 anos;
b) A quem se apresente notoriamente embriagado ou aparente possuir anomalia psíquica.

Deste artigo, saltou-me à vista, duas palavras, nas quais centrei a minha atenção: notoriamente e aparente. Depois de uma consulta ao diccionário, para confirmar as minhas certezas sobre os significados das mesmas, não fosse o meu amigo diabo andar a tecê-las, deixo também o que elas querem dizer:

Notoriamente- Sabido de todos ou de muitos ou que não é segredo.
Aparente- Que parece ser mas não é. Provável.

Ora uma pessoa que se apresente num estabelecimento onde se podem vender bebidas alcoolicas, pode fácilmente contornar esta lei. É que apresentar-se “notoriamente embriagado”, requer que alguém saiba que ele está mesmo embriagado, e se se dêr o caso de ele se engrossar em casa, e que ninguém saiba que ele está, pois ele fez segredo disso... tem de ser atendido normalmente. Não basta a palavra do barman, pois vale tanto como a do tipo que apareça embriagado!
Mas o melhor para mim é mesmo o “aparente possuír anomalia psíquica”. Esta é mesmo espectacular. Ora esta lei, está somente feita, para aqueles que aparentam ser, para os que parece que são mas pelo contrário, ou então para os que têm por hábito estarem “armados em parvos”. É que um tipo que seja mesmo, já não aparenta e como tal, passa ao lado. Pode-se dar mesmo o caso de o empregado desconfiar porque ele aparenta ser, mas ele contrapõe e responde que não parece mas que é mesmo e se for preciso até leva um papel do médico a dizer que de facto não haja dúvida nenhuma que é.

Quero deixar uma pequena opinião, sobre um grande fenómeno, que tenho vindo a observar, e a ouvir também, que se trata daquela treta da vuvuzela. É que além de irritante, o som é desagradável, ninguém, pelo menos a julgar pelas opiniões, acha piada à “corneta africana” e o aspecto e a sensação que dá, quando se assite a um jogo de futebol acompanhado pelo som de fundo do dito instrumento, faz-me lembrar o zoar das moscas em volta de um bocado de bosta. Ora se ninguém gosta daquilo, a única explicação que encontro para que se continue a soprar, é pelo facto de aquilo ser feito por muitas pessoas, mesmo que pareçam uma “multidão de moscas”; e como é feito por muitos e mesmo que se associe aquilo a bosta, não faz mal.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Feijãozeco frade

Não sei se já ouviram na rádio ou mesmo a televisão, mas anda aí uma música a circular que te passado de certa forma despercebida, pelo menos aos habitantes das ilhas selvagens da Madeira. Esses sim, uns felizardos por não terem de levar com a música sempre que há, intervalo de alguma coisa, como por exemplo: as noticias, os filmes e até mesmo as idas à casa de banho.
Bem que o selecionador e treinador da equipe, que vai representar Portugal no próximo campeonato do mundo de futebol, que está aí a estalar, se podia de ter lembrado de fazer da cantiga:”Eu subi ao Vale da Mata para ver o Sardoal, mas só vi a tua gata aos saltinhos no quintal”, o hino para este mundial, mas não, teve de escolher aqueles outros que cantam, enfim, para mim fingem que cantam, o tal tema que já me está a trazer alguns problemas de sociabilização, pois sempre a tenho de ouvir, fico em choque e quase que choro, não da emoção, mas do pensamento que fiz algo de errado e agora tenho de ser torturado por isso. Por favor, ajudem-me.
Falo-vos do I gotta felling dos Black Eyed Peas, ou seja, eu tenho um feeling dos Feijões-Frade. Já imaginaram uma banda portuguesa que cantasse tão mal como eles e que se chamasse Arroz Carolino, ou até mesmo Couve dos Valhascos? Nem eu!
Se tiverem o cuidado de analisar a letra da música, isto se ela tiver alguma coisa de interessante para analisar, vão decerto reparar numa parte onde eles dizem, em estrangeiro:” Monday, Tuesday, Wednesday and Thursday, Friday, Saturday, Saturday to Sunday”, que é como quem diz a semana toda em português. Ora, tenho apenas a acrescentar que o conjunto António Mafra, também se lembrou da mesma coisa mas à alguns anos atrás quando fizeram aquela música cujo refrão assim rezava:” Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado! Domingo! Vai a malta passear. Sete dias na semana, e um só p'ra descansar!”
Quer se queira quer não, a semelhança é enorme, não sei mesmo se não será plágio, a qualidade e categoria da música é a mesma, e a letra penso que vai ser mais ou menos igual ao que se vai passar com a equipe no mundial: Vai a malta passear!
Mas porra, podiam ter escolhido outra música. Para mais, o nome conjunto António Mafra, comparado com Feijão-Frade, tem muito mais estilo.
Para terminar, a publicação de hoje, assim como o tema, até porque houve quem viesse falar comigo sobre o assunto das passadeiras, posso adiantar que o caso, tem também o engraçado episódio de uma passadeira que está sinalizada verticalmente, claro que perto de uma curva de reduzida visibilidade, mas que já não está marcada no chão. Ao longo dos anos foi sendo apagada, mas o sítio continua lá, mas sem passadeira. É como se fosse um museu. Até ficava bonito uma pequena indicação a dizer: “Aqui já houve em tempos uma passadeira, que como foi muito útil e extraordináriamente bem colocada, ao longo dos tempo caíu em esquecimento, mas decidimos guardar o local para que as gerações futuras vejam onde não se devem de colocar passadeiras”.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Os 4 "F" e umas passadeiras

Depois de uma longa ausência deste meu espaço, pelos mais variados motivos, estou de volta, e até mais ver. Agradeço também a todos os que, durante este tempo de ausência, sempre me foram perguntando o que era feito de mim e daquilo que eu ía escrevendo. Nada de grave.
Tenho vindo a reparar que nestes ultimos tempos, a expressão usada pela ditadura da época, os 4 “F”, Fado, Futebol, Fátima e quem não alinhar nisto está F...ido, tem voltado outra vez à baila, na democracia de agora. Tenho andado a pensar nisto a alguns dias e só me faltava o Fado para a minha história ficar completa, senão vejamos:


- Tivemos o Futebol e toda esta alienação que se criou à volta deste desporto de massas. Claro que quem gostar de futebol por desporto e não por doença, nestes ultimos tempos tem-se sentido F...ido.
- Quem gostar de ver serviços noticiosos, seja por que meio for, nestes ultimos tempos tem de se sentir F...ido, pois houve a historieta da vinda do Pápa e de toda a ostentação de riqueza por ele demonstrada, e não havia treta ou serviço noticioso que se digne, que não tivesse a sua meia hora de informação religiosa.
- E claro, só faltava o Fado, com a realização do Rock in Rio (de Janeiro) para alegrar este nosso povinho, que alegremente vai andando. É claro que um tipo tem o direito de se sentir F...ido, até porque no intervalo dos serviços religiosos, lá conseguiram dizer, atenção que não foi noticiar; que os impostos íam aumentar e os ordenados diminuir. É claro que uma pessoa que não entre neste tipo de esquemas, tem motivos de se sentir como o ultimo “F” da antiga ditadura, ou se preferirem, nova democracia. Quero com isto dizer, que depois de tanta riqueza nestes ultimos tempos desperdiçada, por todos, a crise é como um par de cornos: são coisas que não existem mas que te puseram na cabeça!


Gostava de alertar para uma situação que tem vindo a ser falada nos ultimos tempo e de forma generalizada. Falo das passadeiras no Sardoal. Gostava de saber quem foi o responsável que mandou pôr algumas das passadeiras que por aqui vamos vendo? Gostava de saber quem foi que deu ordem para andar a pintar na estrada, riscas brancas a fingir serem passadeiras, ou calçadas com umas pedras de cor diferente a fazer lembrar uma passagem de peões?
De forma rápida, as passadeiras devem de ser colocadas em lugares de boa visibilidade, devem de ser marcadas com sinalização vertical, no sítio onde se encontra, e têm de ser feitas em material diferente daquele que constituí o piso da estrada, onde pretende ser colocada.
Pegando num exemplo, que já todos viram, mas não devem de ter reparado, a passadeira junto à Pastelaria Dias, é um caso espectacular. É que não se pode parar um carro, em cima de uma passadeira, como devem de saber. Para ajudar à festa, não existe nenhuma sinalização vertical a indicar que existe uma passadeira. E para pôr a cereja em cima do bolo, existe lá um sinal de stop, o que obriga o condutor a parar. Ora para passar por aí, uma infracção de trânsito terá de ser cometida. É uma questão de saber qual delas é menos grave, para que no dia em que a GNR actue em conformidade, se pague a coima mínima possível. Quer dizer, por mim não existe lá nenhuma passadeira, mas alguém decidiu lá pintar uma no chão!
E aquelas que estão colocadas às saídas, ou mesmo dentro, das rotundas?