quinta-feira, 2 de abril de 2009

Os outros portugueses: os "tugas"

Ou não sabem o que são ou gostam de ser ofendidos, e aqui mora o problema. Alguém explique aos portugueses, que eles são PORTUGUESES, e não são “tugas”. Quer dizer, se gostarem que um nome prejurativo os apelide, por mim, tudo bem, mas não me metam no mesmo saco.
Para os menos informados, ou interessados, “tuga” deriva de “portuga”, diminuitivo utilizado de forma ofensiva pelos brasileiros, quando se referem aos portugueses. Mas como é giro, vem com sotaque e de forma ignorante, vocês adoram. E como se não bastasse, ainda o utilizam de forma carinhosa para nos designar-mos. Eu não gosto, mas pelos vistos, há quem não faça caso. Ora quando um auto-desigando “tuga”, se chateia ou se ofende quando o tratam por outro nome, menos próprio (não preciso de exemplificar), por que motivo não se chateia também quando o tratam por “tuga”.
Imaginam o que seria os brasileiros intitularem-se “brazucas”, os franceses de “avecs”, os espanhóis de “miúras” ou os alemães de “boches”? Pois não conseguem imaginar tamanha façanha, pelos simples motivo de eles, terem um pouco de brio da sua nacionalidade. Mas vocês, os “tugas” (eu não, que sou PORTUGUÊS), além de fazerem questão de se continuarem a denegrir, tentam e até conseguem, passar uma imagem desprestigiante do país, em território nacional, assim como no estrangeiro.
É vergonhoso e rídiculo que se continue e designar as selecções nacionais de “tugas”. É de uma ignorância tremenda a falta de auto-estima e acima de tudo, o fazer passar uma imagem desprestigiante no estrangeiro.
Gostava de deixar à consideração e aproveitando o novo acordo ortográfico (outra vergonha a que mais tarde darei a minha opinião), de se criar duas nacionalidades em Portugal: a portuguesa e a portuga. A primeira para quem seja de valores decentes, cíveis e patrióticos; a segunda, para todos os outros anormais, que não tenham pena de serem vistos como burros.
Luto na esperança de ver um mundo sem “tugas”. Anseio pelo dia que todos se intitulem PORTUGUESES e que mesmo a contra-gosto, todos assim se possam tratar, livres de anglicanismos, francesismos, brasileirices e outras mariquices do género.

1 comentário:

Paulo Sousa disse...

Um voto para o "tuga".