sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sem complexos

Ele há coisas que dão que pensar, não porque me preocupem, mas porque não as percebo. O tema que me trás aqui hoje, é nada mais nada menos, que a homosexualidade. Cá está, dá que pensar, não me preocupa e não a percebo, porque a maioria das pessoas que conheço não tem o mesmo conceito que eu. Logo, ou eu sou e nunca o soube que era, ou então anda meio mundo enganado com os conceitos do que é ser macho e ser gay.
Vamos por partes. Ser gay, é gostar e ter (se conseguir) relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.
Ora este meu conceito é simples, eficaz e é assim que eu vejo as coisas, e nada mais do que isso: homosexual é a pessoa que tem relações sexuais com parceiros do mesmo sexo. Sei que me estou a repetir, mas tentei criar uma plataforma de partida.
Ora o que eu não percebo são as pequenas coisas que os ditos “machos” fazem, ou não, para classificar de, homo ou hetero, uma pessoa. Assim como não percebo que definição utilizam eles para se distinguirem uns dos outros.
Eu poderia falar de casos em concreto mas vou-me limitar a falar de mim, assumindo desde já que não sou gay, mas também não me incluo no tal grupo de pessoas que se acham “muito machos”.
Não vejo qual é o problema de se cumprimentar um amigo muito próximo com 2 beijinhos na cara ou com um abraço mais prolongado, pois se isto é ser gay para os “muito machos”, aviso desde já que todos já o fizeram, pelo menos com os vossos pais (os meus grandes amigos Ivo e Esfrega que o digam).
Ir à praia e aplicar creme protector para o sol, nas costas de pessoa do mesmo sexo, não é ser gay, é antes aplicar creme protector para o sol, porque sozinhos não conseguimos. Eu sei que os “muito machos” não usam estas mariquices, mas lamento informar que possiveis doenças de pele não é característica dos machos e que na praia ninguém anda a reparar nisso (por certo que o meu amigo Carlos “Botas” me dá razão depois do que passamos: somos, não somos? E a Alemanha perdeu a guerra!).
Dizer a um amigo que gostamos dele ou a uma amiga que gostamos dela, não significa sermos gays para os nossos amigos ou amantes para as nossas amigas (e isto há muita gente que pode confirmar).
Sabermos dançar e termos a tentação de ir para a dança ou para o teatro, porque encontramos lá pessoas bem interessantes, não faz de nós gays (o pessoal do Getas que confirme).
Tomar banho todo nu, com muitos homens, não é ser-se gay ou para lá caminhar, nem muito menos ter essa inclinação (que o digam todos aqueles com que tive o prazer de jogar à bola).
Beber da mesma garrafa de um homem sem limpar o gargalo, além de não apanharmos nenhuma doença, não é gay (que digam todos aqueles com quem bebi copos).
E claro não é nada “muito macho”, estar uma noite inteira encostado ao balcão às bocas às meninas, não se é mais macho por se ser capaz de beber mais minis que os outros, nem muito menos se é um “muito macho”, antes pelo contrário, quando repetidamente se diz a uma pessoa do mesmo sexo: vê lá se te vou ao c...! Ser-se macho é gostar, tentar e, muito importante, ter relações com mulheres, de forma satisfatória, de modo a deixar uma porta aberta a que isso se possa suceder pelo menos uma segunda vez.
É que às vezes, quando falam, fica a impressão que não têm mãos a medir para elas, quando na realidade... todos o sabemos. Apenas uma palavra amiga aos gays: sempre podem explicar aos machos que “ser-se” não é doença, ao contrário da impotência.
E claro como eu costumo dizer, em caso de dúvidas, é uma questão de combinar uma hora e depois logo se vê.
Eu trato assim os meus amigos. Abraços e beijinhos para vocês todos.

P.S.- Só para que conste, ainda hoje estou à espera de reclamações. Em caso de ser preciso reclamar, podem fazê-lo por mail.

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